A ideia de utilizar automóveis particulares para equipar radares não é nova e conheceu um passo decisivo em 2017, quando o Governo decidiu autorizar que entidades privadas nascessem com a única função de fazer circular automóveis equipados com radar.
De acordo com o site Auto-moto.com, os registos de multas obtidos desta forma são substancialmente maiores do que aqueles obtidos pelo método comum de patrulhamento pelas forças de segurança. De janeiro a abril deste ano, segundo o mesmo site, os veículos particulares descaracterizados captaram 264.743 infrações.
A partir de 2022, o conceito de privatização dos radares privados será alargado a mais quatro regiões de França, nomeadamante, a de Paris, a da Occitânia, a de Auvérnia-Ródano-Alpes e da Provença-Alpes-Côte d’Azur. A Córsega, bem como os departamentos franceses ultramarinos, estão fora dos planos, por enquanto. Em 2023, deverão existir 450 viaturas em circulação com estes radares.
Ainda não se conhece a data precisa para a entrada em circulação destes novos radares móveis em carros particulares, faltando ainda abrir os concursos públicos para a escolha das entidades privadas autorizadas para fazer estes serviços. Será também de esperar que os mesmos efetuem uma fase de testes em primeiro lugar.
Os automóveis equipados com radares são, em larga medida, difíceis de discernir em relação a um outro automóvel que circule nas mãos de um cidadão, embora já existam sites que se dedicam a compilar as matrículas e modelos dos veículos em questão – a maior parte de marcas gaulesas, como o Citroën Berlingo ou o Peugeot 308, mas existem também modelos como o Volkswagen Passat ou o SEAT Leon.Porém, existem também algumas formas de os reconhecer nas estradas, chamando a atenção os dispositivos vistosos montados na zona do tablier e na traseira, pelo que estes automóveis podem captar infrações de velocidade nos dois sentidos por intermédio de tecnologia de infravermelhos.
