Morgan diz adeus ao V8 clássico e abre as portas para o futuro

A Morgan Motor Company é uma marca diferente de todas as outras, pois tem uma produção muito limitada, para um público seleto, que deseja automóveis construídos com as técnicas de antigamente ou que apenas se pareçam com os clássicos dos lendários anos 30 e 50. No entanto, mesmo a Morgan vai ter que mudar para se adaptar aos tempos modernos, e isso significa que o seu tradicional V8 vai desaparecer.

A Morgan começou a produzir o Plus 8 em 1968, com o mesmo chassis de madeira (depois substituída por aço) do Four Four e do Plus 4, mas preparado para acomodar o maior e mais potente Rover V8 a alumínio, originalmente concebido pela General Motors. Durante muitos anos, foi o carro com motor V8 com aceleração mais rápida no Reino Unido, mas em 2004 saiu de produção, quando a MG Rover foi à falência.

Entretanto, em 2001, a Morgan já tinha começado a construir o Aero 8, o seu primeiro design novo desde 1964, com uma moderna estrutura em alumínio e uma carroçaria mais aerodinâmica, para tirar o máximo proveito do V8 de origem BMW. Deu origem a várias evoluções, incluindo a uma variante de carroçaria fechada. Em 2012, o mesmo motor BMW foi instalado num renovado Plus 8, com a tecnologia clássica, que festejou este ano o 50.º aniversário.

Mas tudo o que é bom tem de ter um fim. O V8 já não é usado em nenhum BMW e em 2019 não vai cumprir os critérios anti-poluição, pelo que vai deixar de ser produzido, com uma 300.ª unidade especial. A Morgan optou por encerrar a produção do Plus 8 e do Aero 8 e prepara-se para lançar um novo desportivo com carroçaria larga, que vai ser mostrado no próximo ano. Vai ter um chassis em alumínio com um novo tipo de construção, desenvolvida pela própria marca britânica. Quanto ao motor, a Morgan não levanta o véu, mas os rumores apontam para um novo V6 turbo.