De acordo com um estudo levado a cabo pela Ipsos ainda durante a fase mais dramática do surto de Covid-19 na China, a intenção de compra de carro novo por particulares é mais elevada, em contraponto com a utilização de transportes públicos.
Este inquérito foi realizado no final de fevereiro na China, para tentar perceber qual a apetência para a compra de automóveis depois do surto de coronavírus, com um dos principais dados a reter a passar pela intenção de compra mais pronunciada de veículos particulares contra a utilização dos transportes públicos, os quais perderam alguma da confiança dos utilizadores.
Com efeito, se antes do surto, 56% dos inquiridos confirmavam a utilização dos transportes públicos (BUS/Metro) como meio preferencial de mobilidade, após o surto, os automóveis particulares passam para a dianteira, com 66%, contra apenas 24% dos transportes públicos. Antes, apenas 34% das pessoas sondadas apontavam a utilização do veículo particular como meio de deslocação. A utilização de motos mantém-se idêntica nas duas fases – 45%.
Outra nota importante indica que o surto fortaleceu em 72% a intenção de compra de um veículo particular, com 77% dos inquiridos a declarar como razão principal a redução da possibilidade de infeção.
Quanto a preferências, há uma indicação clara de que a carroçaria SUV é a mais desejada (47%), bem como os modelos com motor de combustão interna (59% contra os 41% de Energias Alternativas).Os fabricantes de automóveis terão assim um mercado potencialmente interessante na China após o surto, com os inquiridos a indicarem ainda que tendem a preferir a comunicação online, incluindo também as vendas e serviços pós-venda. De forma natural, uma das funcionalidades que os interessados na aquisição de um carro novo mais procuram é a de um sistema de ar condicionado com filtro de germes e de partículas nocivas.
