A Maersk tem uma fatia de 20 por cento do mercado, e já conseguiu baixar as suas emissões de CO2 em 46 por cento, nove pontos percentuais acima da média da indústria. Para continuar a evoluir e atingir emissões zero em 2050, a transportadora marítima necessita que navios cargueiros elétricos sejam viáveis em 2030. Tendo em conta que a vida útil destes navios oscila entre os 20 e os 25 anos, esta data permitiria à Maersk substituir qualquer navio antigo da sua frota.
Na maior parte dos casos, o transporte marítimo é a forma mais eficiente de levar carga de um ponto do mundo a outro, com um navio a poder transportar milhares de contentores durante a viagem de 8800 km que liga o Canal do Panamá ao porto de Roterdão, o maior da Europa. O comboio está permanentemente ligado à sua fonte de energia elétrica, enquanto um camião elétrico vai poder recarregar as baterias durante a viagem num carregador público. O navio, por seu lado, vai precisar de fazer uma distância completa, através do mar alto, sem oportunidades para recarregar a bateria.
A Maersk vai começar a trabalhar com a indústria de construção naval para encontrar soluções para tornar viáveis os navios com motores elétricos durante os próximos cinco a dez anos. A transportadora marítima já investiu mais de mil milhões de dólares nos últimos quatro anos e contratou mais de 50 engenheiros para encontrar soluções eficientes para o transporte sem poluição.