M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
À medida que as autoridades das grandes cidades europeias vão dificultando a vida aos utilizadores de automóveis com motores Diesel, a procura por automóveis elétricos para o trânsito citadino vai aumentar, e não vai faltar muito para que o número de veículos com estes motores não poluentes ultrapasse os Diesel. Aliás, isso deve acontecer já em 2018, com a Holanda prestes a tornar-se o primeiro país da União Europeia onde se vão vender mais carros com fontes de energia alternativas que a gasóleo.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Este já era o caso na Noruega, país que não pertence à União Europeia, mas nos países membros desta organização ainda está a demorar para acontecer. O Dieselgate e as novas proibições de acesso de carros Diesel aos centros das grandes cidades deverá agora acelerar o processo. A Holanda deverá ver esse número mudar até ao fim do ano, já que até agora os Diesel correspondem a 12 por cento das vendas, contra 10 por cento de veículos a energias alternativas. Aqui, os carros completamente elétricos correspondem a 42% deste segmento, seguido dos híbridos com 41% e dos híbridos plug-in com 17%.

O público interessado em comprar carros elétricos deverá aumentar nos últimos três meses, por motivos fiscais. Até aqui, os carros elétricos pagavam 4% de imposto, mas em 2019 este valor só vai ser cobrado em veículos com um preço máximo de 50 mil euros. Em automóveis mais caros, qualquer valor acima dos 50 mil vai ver um imposto cobrado em 22%.

Como a maioria dos carros elétricos vendidos na Holanda são de luxo, com a Tesla à frente do mercado, prevê-se que haja um abrandamento da procura destes modelos em 2019. No entanto, a oferta de carros elétricos mais acessíveis já aumentou este ano e deverá continuar a crescer no próximo ano, pelo que é possível que o Diesel nunca mais seja relevante no mercado holandês de automóveis de passageiros.