E, enquanto Bruxelas faz ouvidos de mercador ao pedido da ACEA (Associação dos Construtores Europeus Automóvel), no sentido de adiar o arranque das novas medidas, um novo estudo independente revela que não haverá fabricante de volume que consiga evitar sanções pesadas.
De acordo com dados avançados pela JATO Dynamics, no ano passado, a média de emissões de dióxido de carbono (CO2) resultantes do mercado automóvel nos 23 mercados europeus, com registos ainda no ciclo de medições NEDC, foi de 121.8 g/km, muito longe da meta imposta. E a que, segundo estudo agora revelado pela PA Consulting, nenhuma marca irá chegar em 2021. Nem mesmo a Toyota, líder na área da mobilidade sustentável.
O que está a falhar
Independente da forte aposta nos elétricos (que valem bónus no cálculo da União Europeia), as tabelas de vendas continuam a mostrar que a tecnologia tem peso residual no grosso do mercado. E o problema agravou-se com a mudança nas preferências dos consumidores: as vendas de automóveis a gasolina aumentaram, com os Diesel a perder terreno, enquanto o formato SUV ganha popularidade, com quotas de mercado acima dos 40%.
Segundo as previsões da PA Consulting, no novo ano, a Toyota ultrapassará por pouco o máximo estabelecido, com 95,1 g/km como média nas emissões de CO2, que irá representar uma sanção em torno do 18 milhões de euros. De acordo com aqueles especialistas a multa mais baixa aplicada pela União Europeia a construtores, já que o Grupo Volkswagen, por exemplo, poderá enfrentar sanção milionária na casa do 4.5 milhões de euros. De acordo com o mesmo estudo, o grupo Fiat poderá pagar 2,5 milhões em multas; Hyundai e Kia, BMW e Mercedes-Benz, entre os 700 e os 900 milhões. Tudo somado, mais de 15 mil milhões para os cofres de Bruxelas.
Fonte: PA Consulting
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