A Aston Martin poderá estar na iminência de receber um novo CEO, com o jornal Financial Times a apontar que Andy Palmer será substituído pelo atual responsável pela Mercedes-AMG, Tobias Moers. A desvalorização em bolsa e a falta de rentabilidade da marca estão a ser apontadas como as causas para essa mudança à frente da conceituada marca britânica.

Proveniente da Nissan, Andy Palmer tomou a seu cargo a responsabilidade de desenvolver a Aston Martin na fase após a crise financeira do início de década de 2010, mais concretamente em setembro de 2014, conseguindo melhorar a posição da Aston Martin no seio dos desportivos com modelos como o Vantage ou o DB11, destacando-se ainda por planos para a criação de modelos únicos como o Vulcan ou o Valkyrie, este último ainda em desenvolvimento.

No entanto, a expansão – julgada crucial – para o segmento dos crossovers, com o DBX, está a ser mais lenta do que o inicialmente previsto, uma vez que este projeto esteve em cima da mesa desde 2015, apenas se prevendo a sua chegada ao mercado ao longo de 2020. A proposta da Aston Martin chega depois de outras similares da Porsche, Jaguar, Bentley e até da Lamborghini, que conseguiu aumentar significativamente os seus lucros e vendas em 2019 graças ao Urus.

Causa principal será, porém, a queda de cotação na bolsa de Londres, caindo cerca de 90% desde que a marca passou a ser cotada, em 2018, com o momento atual marcado pela quebra substancial de vendas e de receitas por causa da pandemia de Covid-19. Para reforçar a ideia de que a vertente financeira da Aston Martin não estará no seu melhor, a recente entrada no capital da marca por parte do milionário Lawrence Stroll, que é pai de Lance Stroll, piloto de Fórmula 1, categoria na qual a Aston também tem estado presente – mesmo que apenas num acordo de denominação com a Red Bull Racing. Neste capítulo, a Aston Martin anunciou também que pretende entrar na modalidade em 2021 – possivelmente, assumindo o lugar da Racing Point, que é, por seu turno, também propriedade de Stroll.

A própria entrada do capital do milionário (controlando agora 25%) na marca de Gaydon poderá estar também no cerne da potencial mudança de líder na Aston Martin, sucedendo-lhe Tobias Moers, atual responsável máximo da AMG. Em comunicado, a marca britânica confirmou que está a analisar potenciais mudanças na equipa de gestão e que dará mais detalhes quando existirem conclusões.

O bom relacionamento com a Daimler – que também é acionista da Aston Martin – e o excelente percurso comercial da Mercedes-AMG, com a sua expansão de gama e rentabilidade crescente, serão fortes credenciais para Moers, naquele que seria mais um desafio de gestão na sua carreira.

Aston Martin confirmada na Fórmula 1 em 2021

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