Tudo a postos para o arranque do ambicioso projeto da Câmara Municipal de Lisboa para a nova Rede Cais do Tejo, que prevê a reabilitação de velhinhos pontos de acostagem e a criação de novas estações de paragem ao longo da zona ribeirinha da capital, a permitir a circulação de táxis-barco, como alternativa e complemento às ligações conhecidas entre margens.

Uber e plataformas de táxis são primeiros a mostrar interesse em entrar no negócio das travessias do Tejo em pequenas embarcações, a pedido e sem limitações de horários.

Na proposta base apresentada esta quarta-feira, em parceria com a Associação de Turismo de Lisboa, serão 13 cais que servirão de pontos de recolha e largada de passageiros entre as duas margens. A central da futura Rede Cais do Tejo será na Estação Sul e Sueste, no novo Cais de Lisboa. Outros quatro cais principais ficarão em Belém, Parque das Nações, Montijo e Cacilhas. Soma-se um projecto especial para o Cais da Matinha e sete cais complementares no Cais do Gás, Alcântara, Ginjal, Trafaria, Porto Brandão, Seixal e Barreiro.

Na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação estiveram Fernando Medina, presidente da CML, do director-geral da ATL, Vitor Costa, e da vereadora Teresa Leal Coelho, autora da proposta, que acredita que esta solução do barco-táxi em Lisboa pode ser uma realidade já no verão de 2020.

“Já temos interessados. Já tivemos uma primeira conversa com a Uber, que, depois de reuniões internas, nos manifestou a disponibilidade para criar a plataforma. É uma coisa simples. O modelo está criado e só adaptá-lo para os transportes fluviais. Também já tivemos manifestação de interesse de plataformas de táxis e depois serão aqueles que se vão inscrever com as suas próprias embarcações”, afirmou Teresa Coelho, em declarações à agência Lusa.

Em comunicado, a ATL explicou que a Rede Cais do Tejo tem como objetivo fomentar a utilização do rio como meio de transporte público ou privado, turístico e de lazer, coletivo ou individual, anunciando ainda que “está prevista a promoção de ações de sensibilização para uma utilização crescente do rio Tejo enquanto via de comunicação, potenciando assim a utilização de soluções de transporte associadas à economia verde. Prevê-se que os pontos e cais tenham uma geometria variável de forma a permitir a acostagem de diferentes tipos de embarcação e modelos de negócio de todos os operadores interessados, desde táxis-barco, barcos tradicionais, passeios a outras soluções inovadoras”.Uber e plataformas de táxis são primeiros a mostrar interesse em entrar no negócio das travessias do Tejo em pequenas embarcações, a pedido e sem hora marcada.