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Sete sinais de machismo ao volante

1. Noção de que as mulheres conduzem pior. “Aposto que é mulher”: eis uma afirmação que muitos já terão dito quando observaram alguma asneira no trânsito ou quando alguém é mais lento a arrancar num semáforo. Esta atitude de menorização das capacidades alheias não é exclusiva das mulheres, já que também a faixa etária costuma ser agraciada com este tipo de observações menos abonatórias. Geralmente, este tipo de condutor revela impaciência quando são condutoras a estacionar.
2. Uma mulher a passar-me? Como assim? Há quem não goste de ser ultrapassado por uma mulher e faça sempre questão de o mostrar, seja replicando o seu ritmo e devolvendo a manobra, seja apenas e só através de frases pouco simpáticas – quando o carro não deixa.
3. Elas cometem mais erros Outra assunção muito questionável. A observância de infrações no trânsito não depende do sexo, mas há quem considere que sim. A atitude seguinte de queixas, gestos e impropérios, por vezes de vidro aberto, remetem também para uma noção de que elas cometem mais erros e, relacionando-se com a primeira, de que conduzem pior. Por vezes, os insultos baseiam-se na aparente superioridade física do homem face à mulher.
4. As mulheres só gostam de 'carros giros' Quando uma mulher pede um conselho sobre um carro novo para comprar, se o recetor do pedido for um homem, a sua imaginação deriva de imediato para uma franja muito peculiar de automóveis: os utilitários ou citadinos. Quanto muito, os SUV compactos que atualmente estão tão populares. Mas, tal como se refere anteriormente, as mulheres também gostam de carros desportivos ou de qualidade aprimorada. Mesmo que em criança não tenham brincado com carrinhos. Da mesma forma, também podem ter interesse em mecânica, pelo que é preferível não as tratar como ignorantes na matéria, como sucede em muitas oficinas, por exemplo.
5. Questionamento da carreira profissional O condutor masculino tem por norma considerar que apenas os homens podem conduzir autocarros ou táxis, mas hoje em dia, isso é tudo menos verdade. Cada vez são em maior número as mulheres que embarcam em carreiras profissionais ao volante, recebendo, por um lado, piropos, por outro, comentários depreciativos. Este é mais um sinal de que tende a considerar-se superior por ser homem.
6. Que carro! E uma... mulher ao volante? Não é incomum ver uma mulher ao volante de um carro de elevada potência ou de um clássico. Afinal, elas também são apreciadoras do lado bom da vida e os automóveis de luxo fazem parte dele. Mas nem sempre são a primeira ideia de quem os observa. Para muitos dos condutores – homens – quando circulam no seu citadino de 1995, há uma ponta (ou muita) de inveja em relação à condutora.
7. O copiloto sabe sempre mais! Este é, porventura, um mal generalizado dos passageiros do sexo masculino – opinar sobre a condução de quem vai ao volante. Não raras vezes, surge um 'conselho' ou uma alfinetada sobre a forma de condução da mulher, seja porque a 'mudança já podia ser outra' ou porque 'a rotunda não foi feita como deve de ser'.

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Enraizada na cultura automóvel está a ideia de que os homens conduzem melhor do que as mulheres. A noção, que se tornou disseminada ao longo dos anos, deriva ainda dos tempos em que nas estradas se podiam encontrar, sobretudo condutores do sexo masculino.

Contudo, para provar o arrojo das mulheres ao volante, basta recordar que a primeira grande viagem de automóvel foi feita por uma mulher, Bertha Benz, que em agosto de 1888 ‘pegou’ no Model III do seu marido, Carl Benz, e foi visitar a sua mãe em Pforzheim, com partida de Mannheim, num trajeto de 106 quilómetros. Numa época em que as estradas eram sobretudo concebidas para carruagens, Bertha teve a ousadia de mostrar que uma mulher tinha a mesma competência ao volante que um homem.

Hoje, são quase em igual número as mulheres ao volante comparativamente com os homens, mas existem sinais de algum machismo ao volante que se tornam evidentes no quotidiano, fruto também de um maior stress na vida citadina. Afinal, quem nunca ouviu a piada maldosa de ‘mulher ao volante, perigo constante’? Aqui ficam algumas atitudes menos cordiais de condutores do sexo masculino face às suas congéneres femininas. Reconhece-se nalguma?