A decisão foi anunciada esta manhã pelo CEO da Nissan, Makoto Uchida, no seu plano de reestruturação com vista à redução de custos a nível global e que será implementado nos próximos três anos.
O encerramento da fábrica na Zona Franca de Barcelona irá custar cerca de mil milhões de euros, de acordo com o Governo espanhol, reconhecendo este que seria mais vantajoso para a marca manter aquela infraestrutura, na qual são produzidos modelos Navara e e-NV200.
Governo espanhol lamenta
Sobre o encerramento da fábrica catalã, o executivo espanhol insiste que a continuidade da fábrica de Barcelona, que emprega diretamente cerca de 3000 pessoas e indiretamente mais 30.000, faz sentido económico para a Nissan, “sendo mais rentável investir do que assumir o custo do encerramento, que poderá ultrapassar os 1000 milhões de euros”.
Madrid propôs à presidência da multinacional japonesa a criação de um grupo de trabalho para procurar alternativas ao fecho da fábrica, até considerando a sua presença na União Europeia.“A fábrica de Barcelona é de natureza estratégica, uma vez que a saída de Barcelona e de Espanha significa abandonar a União Europeia, com o consequente custo de reputação num mercado de mais de 500 milhões de pessoas”, acrescenta o comunicado.
Assim, o Governo espanhol vai convocar nos próximos dias o executivo regional, a Câmara Municipal de Barcelona e as centrais sindicais para analisar conjuntamente a situação e estudar os diferentes cenários para o futuro.
Makoto Uchida clarificou ainda que a fábrica da Nissan no Reino Unido, em Sunderland, manterá as suas atividades, mas destacou que irá implementar medidas para melhorar a eficiência de produção.
Estas medidas surgem no âmbito de um dos piores exercícios financeiros das últimas décadas, tendo o ano fiscal de 2019 terminado com uma quebra nas vendas globais de 6,9%, sendo na Europa que a descida nas vendas foi mais sentida – com uma queda de 19,1% face ao ano anterior.
Com Lusa.