O novo Golf, que dá continuidade a uma história de sucesso da Volkswagen, está pronto para chegar ao mercado nacional. Com mais de 35 milhões de unidades vendidas, o Golf conhece um novo capítulo com a estreia da oitava geração, a qual faz bandeira de características como a digitalização, a eletrificação e tecnologia ao serviço do utilizador. O Golf está já disponível por encomenda em Portugal com um preço a partir dos 24.456€ para o 1.0 TSI a gasolina com 110 CV de potência associado a caixa manual de seis velocidades.

Desde a estreia do primeiro Golf, há 46 anos, este Volkswagen sempre procurou oferecer versatilidade para o dia-a-dia associada a um design sóbrio. A verdade é que resulta, com o compacto da marca alemã a assumir-se como o carro mais vendido na Europa por diversos anos. No entanto, o foco da nova geração do Volkswagen não está no desenho, mas sim nos pontos ocultos ao olhar, sendo aí que promove uma verdadeira revolução face ao modelo precedente.

A base para este novo Golf não é nova. Recorre à plataforma MQB, estreada por este mesmo modelo em 2012 e que tantos frutos tem dado à Volkswagen ao longo da última década. Só em 2018, a marca produziu mais de 3.4 milhões de unidades dos seus modelos na plataforma MQB, incluindo também o Passat, o Tiguan e o T-Roc. Percebe-se melhor ainda a relevância desta plataforma quando se atenta nos 5.1 milhões de unidades de todos os modelos do Grupo Volkswagen com base nela.

As suas dimensões compactas foram mantidas: 4284 mm de comprimento, 1789 mm de largura e 1456 mm de altura para uma distância entre eixos de 2636 mm. E, com cada parte da

carroçaria a ter sido remodelada e revista no túnel de vento, apresenta uma aerodinâmica melhorada: a superfície frontal foi reduzida para 2,21 m2 e o coeficiente de penetração foi reduzido para um valor Cx de 0,275. No interior, espaço para cinco lugares e bagageira com 380 litros, podendo chegar aos 1237 litros com o rebatimento assimétrico das costas dos bancos.

Eletrificação a quanto obrigas

A gama do Golf terá opções para quase todos os gostos, havendo forte aposta na eletrificação – apenas o elétrico (e-Golf) desaparece, vagando espaço para o novo ID.3, que será afinal, uma espécie de concorrente interno. Em destaque no Golf, a aplicação de tecnologia mild-hybrid de 48 volts nos motores a gasolina 1.0 TSI e 1.5 TSI. Ganham a letra ‘e’ agregada ao nome e passam a ser eTSI.

O primeiro terá 110 CV, perdendo 5 CV de potência face ao motor atual (sem sistema mild-hybrid, refira-se), enquanto o segundo surgirá no mercado com duas potências disponíveis: 130 CV (200 Nm de binário máximo) e 150 CV (250 Nm de binário máximo). Em ambos os casos, existirão igualmente variantes convencionais sem o sistema de 48 volts, que serão mais acessíveis, com a seguinte ordem em termos de posicionamento: 1.0 TSI de 90 e de 110 CV e 1.5 TSI de 130 CV e de 150 CV.

O sistema ‘mild-hybrid’ permite redução nos consumos e nas emissões que é, seja qual for o ângulo de abordagem, importante para atingir as metas de emissões poluentes na União Europeia já a partir de janeiro de 2020 (95 g/km de CO2 para a média da gama). Na prática, o sistema consiste num pequeno alternador/gerador elétrico por correia que permite recuperar energia das fases de desaceleração para acumulação numa pequena bateria de 250 Wh, a qual permite auxiliar o motor de combustão interna nos arranques e alimentar alguns dos sistemas acessórios para assim ganhar eficiência. Ao mesmo tempo, garante também maior refinamento na atuação do sistema start-stop, sobretudo na fase de reativação do motor térmico.

Além dessas mecânicas a gasolina, a marca terá ainda opções Diesel, saindo de cena o 1.6 TDI em benefício de um 2.0 TDI com dois níveis de potência. A versão de acesso tem 115 CV e 300 Nm de binário máximo, enquanto a outra oferece 150 CV e 360 Nm de binário. A Volkswagen refere que estes novos motores turbodiesel foram alvo de um enorme trabalho de afinação para redução de consumos e emissões (menos 17% de consumos do que nas versões equivalentes do anterior Golf), destacando-se aqui a tecnologia utilizada para cortar nas emissões de NOx e outras partículas nocivas. Recorre a um sistema de tratamento duplo dos gases de escape por via de Redução Catalítica Seletiva (SCR), injetando AdBlue em dois momentos de funcionamento.

Batizado ‘Twin dosing’, este sistema injeta AdBlue numa primeira fase logo à saída dos gases de escape junto à cabeça – numa temperatura mais alta – e, depois, já na saída dos coletores para a linha de escape, aqui mais frio. A diferença de operação térmica entre os dois patamares é de cerca de 100 graus centígrados. As alterações técnicas foram tantas que o bloco, o EA 288 ganhou expressão Evo associada (EA 288 Evo).

Noutra linha de eficiência, serão propostos dois sistemas Plug-in híbridos, um mais orientado para a economia, com 204 CV, e outro, na forma do desportivo GTE, com 245 CV, sendo uma evolução do modelo atual. Os dois Golf de ligar à tomada dispõem de uma nova bateria de iões de lítio de 13.4 kWh para maior autonomia elétrica.

Todos os motores são sobrealimentados e de injeção direta e, assim que todas as variantes tiverem sido lançadas (oito no total), o leque de potências irá variar entre os 90 CV (1.0 TSI) e mais de 300 CV (2.0 TSI para o Golf R).

Tecnologia em altas

O novo Golf apresenta ainda um aumento da componente tecnológica associada a um interior mais ‘limpo’ de comandos físicos. Terá painel de instrumentos digital de série (“Digital Cockpit”), com um ecrã de 10 polegadas, sistema de infotainment “Composition” com ecrã tátil de 8.25 polegadas, também de série, e volante multifunções em couro. O conceito batizado pela Volkswagen de Innovision Cockpit ganha ainda um outro sentido com os sistemas de infoentretenimento mais evoluídos Discover Media e Discover Pro, opcionais, com ecrã tátil de 10”.

Inteligência ativa e reativa

Permanecendo ainda no foro tecnológico, o novo Golf dispõe de sistema com controlo por voz através da frase ‘Hello Volkswagen’, podendo ainda receber a assistente online da Google, a Alexa, para tirar qualquer dúvida por via daquele motor de busca: sem tirar os olhos do volante, o condutor pode pedir que a Alexa passe música, controle objetos em sua casa (desde que compatíveis e ligados em rede) ou leia notícias. Na apresentação, o sistema apenas respondia aos comandos em inglês, mas no futuro irá também falar na língua portuguesa. Também para o futuro está reservada a possibilidade de aceder ao carro a partir de um smartphone, fazendo com que as chaves tradicionais se tornem desnecessárias.

Mas há ainda mais notícias tecnológicas para o Golf de oitava geração. No campo da segurança, passa a ter uma série de funções de assistência englobadas no Travel Assist, podendo auxiliar na tarefa da condução a velocidades até 210 km/h. A Volkswagen aponta que o Golf pode manter o controlo da direção, acelerador e travões até àquela velocidade, assegurando a permanência na faixa de rodagem e a distância para os outros veículos. Ao mesmo tempo, pode até imobilizar o veículo caso detete, por ausência de comandos por parte do condutor, que este tenha adormecido ou sentido algum problema de saúde incapacitante. Fá-lo após alertas sonoros e acústicos, ativando de pronto os pré-tensores dos cintos de segurança e os indicadores de perigo, vulgo quatro pistas. Por fim, trava até se imobilizar.

Conectividade 3.0

A possibilidade de estar ligado em rede com outros elementos da via é igualmente uma novidade. O Golf é o primeiro Volkswagen a estar ligado ao seu ambiente envolvente graças à funcionalidade de série Car2X, que recebe a informação de veículos num raio de até 800 metros além de alertas da infraestrutura para avisar os condutores sobre eventuais perigos ou avisando os outros utilizadores. Com recurso a um cartão integrado eSIM, o automóvel pode estar igualmente ligado em rede aos serviços e funções ‘We Connect’ e ‘We Connect Plus’, fornecendo por exemplo informações úteis de pontos de interesse no caminho definido na navegação.

Preços e equipamento

No lançamento em Portugal – que será faseado –, o Golf terá motores 1.0 TSI 110 CV (caixa manual de 6 velocidades) e 1.5 TSI de 150 CV com e sem sistema mild hybrid (caixa manual de 6 velocidades ou automática DSG de 7), a que se juntam ainda opções Diesel 2.0 TDI de 115 CV (caixa manual de 6 velocidades) e 2.0 TDI de 150 CV (automática DSG de 7 velocidades).

Por outro lado, a Volkswagen reconfigurou completamente as linhas de equipamento do Golf, que agora está disponível apenas com cinco portas. As linhas disponíveis anteriormente – Trendline, Comfortline e Highline – são substituídas pelas especificações base, Life, Style e pela versão

desportiva R-Line. Na linha base incluem-se já elementos como os faróis em LED e conjuntos de luzes traseiras em LED, “Keyless Start”, painel de instrumentos digital (“Innovision Cockpit”), serviços e funções móveis online “We Connect” e “We Connect Plus”, volante multifunções em

couro, ar condicionado automático, “Lane Assist”, “Front Assist” com sistema preditivo de proteção de peões, cruise control adaptativo e Car2X.

Os preços arrancam nos 24.456 euros para o 1.0 TSI base com 110 CV, enquanto o 1.5 TSI de 150 CV (sem eletrificação) na versão Life chega por 32.621€, subido para os 33.627€ no 1.5 TSI Life eletrificado (MHEV). Nos Diesel, o Golf 2.0 TDI Life de 115 CV tem um custo de 32.253€, culminando a oferta de lançamento nos 45.781€ da versão 2.0 TDI de 150 CV com caixa DSG no nível Style.

Em julho, ainda sem preços definidos, chegarão os Golf Hybrid plug-in de 204 CV e GTE de 245 CV. Um mês depois, em agosto, chegarão os Golf GTI (245 CV), Golf GTD (200 CV) e Golf R.

PREÇOS PARA PORTUGAL
GOLF 1.0 TSI 110 CV 24.456€
GOLF 1.0 TSI 110 CV LIFE 25.928€
GOLF 1.5 TSI 150 CV LIFE 32.621€
GOLF 1.5 TSI 130 CV STYLE 32.377€
GOLF 1.5 TSI 150 CV R-LINE 38.641€
GOLF 2.0 TDI 115 CV LIFE 32.253€
GOLF 2.0 TDI 115 CV STYLE 38.648€
GOLF 2.0 TDI 150 CV DSG STYLE 45.781€
GOLF 2.0 TDI 150 CV DSG R-LINE 44.554€
GOLF 1.5 eTSI 150 CV LIFE DSG MHEV 33.627€
GOLF 1.5 eTSI 150 CV R-LINE DSG MHEV 40.278€

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