Uma afirmação algo estranha, mas que, depois de conduzido o novo modelo híbrido da Honda, que chegará ao mercado nacional em janeiro, é entendível na medida em que o motor elétrico do SUV assume o controlo da movimentação, deixando o bloco 2.0 i-VTEC ‘adormecido’.
A solução, explicou-nos Naomichi Tonokura, engenheiro da Honda que supervisionou o sistema híbrido i-MMD do CR-V, tem como objetivo incrementar a eficiência geral de utilização, ao mesmo tempo melhorando a suavidade pelo facto de não contar com uma caixa de velocidades tradicional.
“A ausência de caixa de velocidades significa que não existe fricção mecânica, há mais suavidade e um hardware muito simples. Para ter um bom consumo, penso que o híbrido tem de ser muito simples”, disse-nos, abordando esta opção.
Interrogado se este sistema é atrativo para quem quer deixar os Diesel, Tonokura referiu que é um “o nosso novo sistema híbrido é um sistema alternativo aos Diesel, completamente diferente desses, não apenas no consumo, mas também, no silêncio, na ausência de vibrações e na suavidade”, manifestando ainda a sua confiança de que esta tecnologia híbrida poderá ser alargada a outros modelos da companhia nipónica.
“Infelizmente, não posso dar uma resposta clara [sobre outros modelos a dispor do sistema], mas, no entanto, digo que o sistema i-MMD tem um grande potencial, não só para o CR-V mas também para carros mais pequenos ou desportivos. Eu espero que muitos modelos diferentes possam ter o I-MMD no futuro próximo”, afirmou.Por fim, numa era em que a eficiência e as metas ambientais são temas de destaque, a eletrificação está em cima da mesa, mas a pilha de combustível a hidrogénio também conta com um importante espaço de desenvolvimento. Interrogado se o caminho para o futuro da Honda passa pelo hidrogénio (embora a marca até já tenha modelos com esse combustível no Japão e nos EUA), Tonokura anuiu e referiu que “a Honda tem um caminho definido incluindo o hidrogénio”, mas, argumentou que “neste momento, a pilha de combustível não é uma solução tão boa, com o híbrido a ser uma solução melhor”.
Porém, não minimiza o potencial da pilha de combustível. “Penso que, num futuro próximo, o hidrogénio será uma solução muito boa”.
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