Com a democratização dos sistemas de apoio à condução e a introdução de mais sofisticados equipamentos de segurança, ao mesmo tempo que se banalizou a presença de completos sistemas multimédia a bordo, os automóveis modernos estão transformados em gigantescos ‘gadgets’ com rodas, que, entre outras coisas, podemos conduzir.

Sem surpresa, esta crescente digitalização do automóvel fez disparar o peso da eletrónica no custo de produção de um automóvel novo: de acordo com um estudo recente da Deloitte, esta componente já vale 40% do custo total do veículo à saída da fábrica.

Segundo o relatório apresentado, há vinte anos, os custos dos componentes eletrónicos num automóvel eram de 18%, dispararam para mais do dobro em 2020, e continuarão a crescer na próxima década até impressionantes 45%. Sobrando pouco mais de metade do orçamento para motores, transmissões, chassis, suspensões e tudo o resto…

Em pouco mais de duas décadas, a evolução é impressionante. Segundo a Deloitte, ainda em 2004, os airbags equipavam apenas 25% dos modelos novos. Hoje, as bolsas de ar salva-vidas estão em todos os automóveis produzidos. O mesmo acontece com sistemas como o controlo de estabilidade (ESP), que há 16 anos equipava só 20% dos modelos.