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Os ‘mitos’ e ‘lendas urbanas’ do mundo automóvel

Colin Chapman - Morte ou ficção: Um dos nomes mais emblemáticos da história da Fórmula 1, Colin  Chapman, faleceu a 16 de dezembro de 1982, vítima de um ataque cardíaco, mas muitos mantêm a hipótese de ter sido uma morte forjada para fugir a problemas com a justiça britânica. Depois de ser apanhado num esquema de fraude financeira juntamente com John DeLorean, criador dos famosos DMC-12 que apareceram na saga 'Regresso ao Futuro', alguns teóricos de conspirações sugeriram que Chapman encenou a sua morte, saindo do Reino Unido para fugir de uma condenação que parecia certa.
Sobre este assunto, Di  Spires, autora do livro 'I  Just  Made the Tea: Tales of 30 Years  Inside Formula 1', recorda o seu tempo enquanto responsável de catering na equipa Lotus em meados da década de 1980, mencionando chamadas anónimas em que do outro lado da linha alguém perguntava pela “Senhora Chapman” ou por Fred Bushell, então outro dos responsáveis de topo do Team Lotus na Fórmula 1. Seguia-se uma mensagem de significado encriptado que, depois, era transmitida ao seu destinatário. Bushell voltava à motorhome do Team Lotus e levava o telefone para a casa-de-banho, trancando-se no seu interior... De igual forma, também nunca lhes foi permitido ver a sepultura de Chapman, o que apenas aguçou a criatividade dos adeptos da conspiração.
Ferrari que era um Mercedes-Benz: O cenário perfeito para um amanhecer em Paris. A cidade quase deserta, um Ferrari 275 GTB a acelerar o seu motor V12 pelas ruas da cidade gaulesa e um encontro romântico. 'C'Était un Rendez-vous' foi o título da curta-metragem que Claude Lelouche filmou em 1976. Contudo, o mistério em torno do Ferrari 'francês' durou algum tempo, acabando por se descobrir mais tarde que era na verdade um Mercedes-Benz 450 SEL 6.9, guiado pelo próprio Lelouche. Não confirmado é o rumor de que o realizador/piloto Claude Lelouche foi preso depois da estreia do filme...
Rolls-Royce silencioso: A marca britânica traz consigo uma aura de requinte e exclusividade que tem sido mantida ao longo das décadas. Algumas das lendas 'urbanas' dos automóveis rodeiam a Rolls-Royce e a sua aparente fiabilidade, como por exemplo, a história de um cliente tremendamente satisfeito com o seu carro que escreveu para a marca a demonstrar a sua satisfação e contentamento por ter um carro que era tão silencioso que até conseguia ouvir o relógio. Ora, diz a história, nunca confirmada, mas que como qualquer lenda oral vai passando de lábios em lábios com o selo de verdadeira, que a Rolls-Royce tratou de enviar um relojoeiro especializado para que pudesse trocar o relógio do carro por um absolutamente silencioso.
O carro que não capotava: Um dos maiores progressos da Citroën foi dado com o DS, modelo que trouxe a suspensão hidropneumática em 1955. O DS era uma conjunção de vários fatores inovadores, merecendo por isso uma enorme aura de vanguardismo. O visual aerodinâmico era quase revolucionário para a época e a suspensão criada por Paul Magès assegurava conforto ímpar e estabilidade acima da média. Tudo isso gerou um mito de que a marca teria mesmo lançado um desafio de oferecer um DS 'novinho em folha' a quem conseguisse capotá-lo.
Jeep, GP ou Eugene: Na atualidade, Jeep ganhou um estatuto quase universal para jipe, um tipo de veículo de elevada robustez e versatilidade ímpar que pode ser utilizado nos diferentes tipos de piso. Mas a origem de Jeep, a marca, não é de fácil entendimento. Algumas teorias diferem na sua origem. Por um lado, há quem diga que o nome Jeep seria a forma fonética em inglês do termo GP (lê-se 'dji-pi') para General Purpose, rapidamente convertido para Jeep. Outra teoria surge com inspiração na animação do marinheiro mais corajoso de todos os tempos, Popeye. Muitas vezes, Popeye aparecia com Eugene, The Jeep, um curioso animal que tinha a capacidade de se teletransportar imediatamente para um local distinto.
Carro amaldiçoado, mas tão belo: Uma história em torno de um carro que, embora agraciado com uma beleza inolvidável, se tornou assustadora. O Porsche 550 Spyder pode não dizer muito a muita gente, mas se indicarmos que se tratou do Porsche no qual James Dean perdeu a vida a 30 de setembro de 1955, o caso mudará certamente de figura. Decorado com o número 130 e o nome 'Little Bastard' na carroçaria, o 550 Spyder começou, desde logo, por 'incomodar' o ator Alec Guinness, que viu o carro em Los Angeles uma semana antes do acidente de Dean e, desde logo, num pressentimento assustador, o britânico terá dito a Dean que nunca entrasse no carro ou estaria morto "nesta altura da próxima semana".
Premonição ou coincidência, Dean acabou mesmo por falecer em virtude de uma colisão frontal com um Ford. Assustadoramente, o legado de azar do Porsche não acabou por aí. Comprado por George Barris, o carro viria a partir a perna a um mecânico depois de cair de um reboque já na oficina, o seu motor e transmissão, que haviam sido vendidos a TroyMcHenry e a William Eschrid, estavam montados em dois carros que causaram acidentes graves a ambos (McHenry faleceu e Eschrid severamente ferido), cada um no seu carro, e dois dos pneus do 550 Spyder, que estavam no carro acidentado de Dean, foram vendidos a outra pessoa. O que aconteceu? Rebentaram em simultâneo, causando um despiste.

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O universo automóvel está cheio de histórias rocambolescas e relatos mais ou menos incríveis relacionados com muitas figuras, marcas ou carros. Aqui, reunimos alguns dos mais emblemáticos relatos e lendas em torno de modelos como o Porsche 550 Spyder de James Dean, o Rolls-Royce que devia ser silencioso e o mistério da morte de Colin Chapman.