Naquele que é considerado o maior investimento industrial realizado nos últimos dez anos em Portugal, a Repsol e o Governo português aliaram-se para ampliar o Complexo Industrial de Sines com a construção de duas fábricas naquela zona, uma de polietileno lienar (PEL) e outra de polipropileno (PP).

No total, a Repsol comprometeu-se a efetuar um investimento de 657 milhões de euros, o qual foi considerado, pelo Estado português como sendo de potencial interesse nacional (PIN), o que levou à contratualização de incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros.

Em comunicado, a Repsol adianta que este projeto irá permitir melhorar a balança comercial do país, além de as tecnologias de ambas as fábricas (cuja conclusão está prevista para 2025) garantirem máxima eficiência energética, sendo também as primeiras do seu género instaladas na Península Ibérica. Cada fábrica terá uma capacidade anual de 300.000 toneladas.

Contribuirão, ainda, para a integração e diversificação da área industrial da Repsol com esses novos produtos a serem 100% recicláveis, como com todas as poliolefinas Repsol, e podem ser utilizados para aplicações altamente especializadas, alinhadas com a transição energética nas indústrias farmacêutica, automóvel ou alimentar.

Na cerimónia de assinatura do compromisso estiveram presentes o primeiro-ministro António Costa, o ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, o Presidente da Repsol, Antonio Brufau, e o CEO da companhia espanhola, Josu Jon Imaz.

Em declarações no evento, Antonio Brufau, referiu que “a indústria e a tecnologia são dois avanços essenciais para a competitividade da economia de um país”, considerando que “a iniciativa privada e as políticas públicas devem trabalhar em conjunto, da melhor forma possível, para uma transição energética compatível com a competitividade económica e a redução de emissões”.

Durante a fase de construção, estima-se que sejam criados, em média, 550 empregos, com momentos que poderão chegar a mais de 1000 postos de trabalho. Quando as fábricas estiverem em funcionamento, o aumento de pessoal será de cerca de 75 empregos diretos e 300 empregos indiretos.