A República Checa está contra o plano da Comissão Europeia de proibir a comercialização de automóveis novos a gasolina e Diesel a partir de 2035, com o seu primeiro-ministro, Andrej Babis, a considerar mesmo que se trata de um “plano concebido por fanáticos verdes no Parlamento Europeu”.

O país, berço da Skoda e local de produção de outras marcas automóveis, como a Toyota e a Hyundai (além da marca checa), não está alinhado com o plano da União Europeia de banir os automóveis novos a gasolina e a gasóleo anunciado ao abrigo do plano ‘Fit for 55’.

Em declarações ao site iDnes, o primeiro-ministro explicou que “não vamos concordar com a proibição das vendas de automóveis com motores de combustão. Não é possível. Não podemos ditar aqui o que fanáticos verdes conceberam no Parlamento Europeu”. Desta forma, revela que a República Checa está em clara oposição com outros países do Velho Continente, que já anunciaram datas-limite para a entrada em vigor dessa proibição.

Além disso, revelou ainda que o país irá apoiar a expansão da rede de carregamento de veículos elétricos, mas que não irá apoiar a sua compra, como sucede noutros países europeus, incluindo Portugal. Note-se que a República Checa irá assumir a presidência rotativa da União Europeia em 2022 e a proibição da venda de automóveis a combustão será, garante Babis, uma prioridade.

“Há questões mais importantes como a segurança, o mercado interno, [o espaço] Schengen. Por exemplo, iremos apoiar uma rede para carros elétricos, mas os carros normais continuarão a ser produzidos normalmente. Os carros elétricos são um luxo, não são acessíveis a pessoas comuns”, afirma em declarações àquele site.