Caracterizar comportamentos ao volante, fomentando maior segurança, e ajudar as seguradoras a praticarem preços mais competitivos e mais condizentes com o seu cliente é uma das grandes tendências do setor das seguradoras a reboque das novas potencialidades trazidas pela telemática moderna.
Atuando neste mesmo ramo, a The Floow, empresa composta por cerca de 130 pessoas e com uma grande componente científica – é composta por cerca de 70% de cientistas de análise de dados, ciências sociais e área computacional – providencia uma série de serviços no âmbito dos seguros que acabam por ter reflexo nos suas clientes através de programas de telemática (compilação e tratamento de dados).
Por um lado, ajuda as empresas de seguros a estabelecerem preços mais fiáveis, para que possam atrair ou reter clientes, ao mesmo tempo reduzindo os seus custos e construindo propriedade intelectual (que lhe permite compreender melhor o risco). Por outro, também consegue proteger as seguradoras contras reclamações ou queixas infundadas ou negligentes.
Os dados são recolhidos do lado do veículo, através de uma multiplicidade de dispositivos, com Aldo Monteforte, CEO da The Floow, a utilizar a expressão ‘refinaria digital’, para depois ser transformada em derivativos de informações. Com esses dados analíticos, pretende que as seguradoras compreendam melhor o risco dos assegurados, mas também condicionar a sua atuação na estrada, incentivando à prática de uma condução mais segura.
Esses mesmos dados avaliam alguns parâmetros como a suavidade da condução, distrações (uso do telemóvel, por exemplo), velocidade, fadiga (comprimento de uma viagem), momento do dia em que se conduz e o risco inerente à própria estrada que é mais frequentemente utilizada. Com o cruzamento de dados daqui obtidos, são retiradas conclusões úteis, havendo umas que podem ser consideradas mais generalistas, como por exemplo o facto de a fadiga não influir, frequentemente, na causa de conduções, uma vez que as viagens decorrem geralmente em estradas mais seguras.
Segundo Monteforte, “a nossa telemática proporciona uma capacidade de previsão 30% superior aos métodos tradicionais e três vezes mais rentabilidade”, sugerindo igualmente que um plano de recompensas oferecido pelas seguradoras aos seus clientes pode ajudar a melhorar a condução. “Seja um desconto no premio do seguro ou em oferta de cupões. As recompensas são muito eficazes, ajudando numa melhoria de cerca de mais de 30% para uma melhor condução”.
Na tentativa ainda de tornar as estradas mais seguras, a The Floow apresenta ainda um programa de ‘coaching’ para ‘educar’ os condutores com cotação mais baixa nos rankings para assim poderem evoluir e beneficiar de preços dos seguros mais baixos. Estatisticamente, este programa, ajudou a reduzir em 13 queixas o número de reclamações aos seguros por cada 100 condutores no percentil mais baixo da The Floow.
Numa última nota de potenciais incrementos tecnológicos trazidos pela análise de dados telemáticos, Aldo Monteforte aponto ainda a possibilidade de detetar acidentes pelo telefone, utilizando os sensores instalados nos dispositivos.
