M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O nome de Tarso Marques não terá grande significado para muitas pessoas exceto para os aficionados mais ferrenhos da Fórmula 1. O brasileiro foi piloto da Minardi, a equipa mais fraca do plantel, há cerca de 20 anos, e nunca marcou qualquer ponto. Hoje, Tarso já não participa em corridas de automóveis, mas continua ligado às máquinas, fazendo construções especiais. E a mais recente é a Dumont, uma moto com motor de helicóptero.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O nome Dumont é uma homenagem óbvia a Alberto Santos Dumont, pioneiro da aviação, e há bom motivo para isso. A Tarso Marques Concepts recorreu a uma unidade Rolls-Royce Model 250, originalmente concebida para helicópteros em 1965, como peça central da sua criação. O motor foi reconstruído pela Universidade Tuiuti do Paraná e passou a debitar 300 cv, longe do seu desenvolvimento potencial para uso em aeronáutica, mas mais do que suficiente para oferecer emoções extremas num veículo de duas rodas.

Além do motor, a TMC Dumont também se destaca pelas suas gigantescas rodas com 36 polegadas de diâmetro, ultrapassando o metro de altura depois de receber os pneus. As rodas não têm um cubo central e estão conectadas ao quadro através do aro. Tarso Marques conseguiu com que todas as peças fossem fabricadas na própria oficina da TMC ou compradas a fornecedores brasileiras, sem necessidade de importar qualquer parte.

Este é um projeto pessoal para Tarso Marques, que demorou 15 anos a passar da fase de conceção ao produto final. E o resultado final foi um sucesso inesperado para o ex-piloto brasileiro, que levou a Dumont para os Estados Unidos, onde foi o vencedor da Daytona Bike Week, um dos maiores encontros de motociclistas em todo o mundo.

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