A grande vantagem é, sem dúvida, a de se continuar a poder conduzir com a carta de condução da categoria B.
As dimensões são um pouco mais largas que o habitual numa scooter, mas continuamos a conseguir passar por entre os carros sem problemas. Além da superior estabilidade e da potência de travagem, outra característica que também importa referir é o espaço para arrumação. Numa scooter normal já costuma ser generoso, mas na Tricity 300 é excelente com 43,5 litros de capacidade debaixo do banco, suficiente para dois capacetes integrais e mais uma panóplia de objetos.
Parados em cima da Tricity 300, existe um botão na manete esquerda que ativa o sistema que faz com que a scooter fique direita sem termos de pôr os pés no chão. Recomenda-se algum cuidado pois o sistema desliga-se mal se mexe no guiador ou se roda o acelerador, e é fácil os seus 239 quilos fazerem-nos perder o equilíbrio. De resto é super prático quando estamos parados num sinal, ou mesmo para estacionar a scooter, desde que seja num local plano.
A direção usa a geometria Ackerman – as rodas dianteiras inclinam-se no ângulo certo em relação à roda traseira, mantendo a trajetória correta em curva. Já tínhamos experimentado o sistema na Niken, a “prima” afastada mais musculada, tendo-se revelado uma estranha e agradável surpresa. Para demonstrar a confiança que a marca deposita na nova scooter, a Yamaha Portugal definiu um percurso que, de alguma forma, replicasse aquilo que os utilizadores da Tricity 300 irão fazer no seu dia-a-dia. A chave é “inteligente” e fica no bolso: premimos o botão start e arrancamos. Houve de tudo um pouco: desde troços em IC, neste caso a 19, uma das estradas mais utilizadas na região da Grande Lisboa nas deslocações entre casa e o trabalho.
O motor de 300 cc com 28 cv Blue Core demonstrou ser uma mais-valia, não só ao manter uma velocidade de cruzeiro confortável, como a permitir fazer ultrapassagens com confiança. Ruas com piso degradado, empedrado e linhas de elétrico, nada pareceu um desafio capaz de abalar a compostura da Tricity, que parecia dizer: “isto é o pior que tens para mim?”.
Ruas com piso degradado, empedrado e linhas de elétrico, nada pareceu um desafio capaz de abalar a compostura da Tricity, que parecia dizer: “isto é o pior que tens para mim?”.
À medida que ia digerindo os obstáculos, a intervenção do controlo de tração era denunciado pela luz visível no ecrã LCD e o sistema ABS, independente às três rodas, transmitiu uma confiança incrível, confirmando que na altura de travar é melhor ter duas rodas na frente do que apenas uma.
Testámos a Tricity equipada com o Pack Sport que conta com vários acessórios: vidro desportivo em policarbonato (concebido para durar e resistir aos riscos), suporte de matrícula com o logótipo Tricity e luzes LED, kit de painéis para os pés fabricado em alumínio anodizado (inclui almofadas de borracha e vem dividido em duas peças para os painéis superior e inferior). Este pack tem um custo de €490,77, mas há mais dois para escolher dependendo da necessidade.
Pack Winter: €330,87
Pack Urban: €552,27
Vidro alto concebido para suportar ventos frontais e melhorar a experiência do condutor. Mala superior de 39 litros para aumentar a capacidade de bagagem, com um encosto integrado para o passageiro. Painéis da tampa personalizáveis e saco interior disponíveis em separado. Suporte traseiro forte e leve para suportar a mala superior.
Preço: a partir de 8 195 euros
Ficha técnica
Cilindrada: 292 cc
Potência máxima: 20,6 kW às 7250 rpm
Sistema de transmissão: Automática, com correia trapezoidal
Consumo de combustível: 3,3 l/100 km, emissões CO277 g/km
Curso dianteiro: 100 mm
Sistema de suspensão traseira: Braço
Curso traseiro: 84 mm
Travão dianteiro: 2 discos hidráulicos, Ø 267 mm
Travão traseiro: hidráulico, um disco, Ø 267 mm
Pneu dianteiro: 120/70-14 M/C
Pneu traseiro: 140/70-14 M/C
Comprimento total: 2250 mm
Largura total: 815 mm
Altura do assento: 795 mm
Distância mínima ao solo: 130 mm
Peso: 239 kg
Capacidade Depósito Combustível: 13 litros