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6 motores automóveis que mudaram de marca

Motor: Mercedes Mitteldruckenmotor. Marca: Audi A Daimler-Benz (Mercedes) tinha comprado a sua rival Auto Union em 1958, e reativou um projeto de um motor militar dos anos 30 para substituir os motores de dois tempos do DKW por motores modernos de quatro tempos. No entanto, em 1964, vendeu a Auto Union à Volkswagen, que ressuscitou a marca Audi. Assim, o motor Mercedes foi usado no Audi F103 (antecessor do 80) e na primeira geração do Audi 100, até à chegada do novo e moderno EA827.
Motor: Buick 215. Marca: Rover Em 1960, a General Motors criou um moderno motor V8 em alumínio, mas este teve problemas de fiabilidade relacionados com a construção. A BMC (Austin-Rover), que estava à procura de um V8 para o mercado americano, aproveitou a oportunidade e adquiriu os direitos do design em 1964. Depois de algumas modificações ao nível dos selos e velos, o motor ficou pronto para ser instalado nas berlinas de luxo P5 e P6 e no primeiro Range Rover. O motor continuou a ser produzido até aos anos 90, e foi esticado de 3,5 até 4,6 litros. Foi também vendido a marcas de carros desportivos, como a TVR, Morgan e Marcos.
Motor: Chrysler/BMW Tritec. Marca: Fiat Em 1997, a BMW e a Chrysler estabeleceram uma parceria para criar um motor pequeno, o Tritec, produzido no Brasil. Com versões de 1,6 e 1,8 litros, a Chrysler usou-o nas versões de exportação do Neon e do PT Cruiser e a BMW no MINI Cooper. No entanto, a Mercedes comprou a Chrysler e a BMW desfez a parceria. Os motores acabaram por ser emprestados a algumas marcas chinesas. Em 2008, o motor ainda era moderno, e a subsidiária brasileira da Fiat aproveitou a oportunidade para comprar a fábrica e os direitos do motor. Renomeado e.Torq, foi instalado em modelos como Palio, Siena e Linea, e ainda hoje continua em produção.
Motor: BMW M328. Marca: Bristol Antes da Segunda Guerra Mundial, o motor 328 usado no modelo homónimo da BMW já era usado na Grã-Bretanha pela marca Frazer-Nash. Após a Segunda Guerra, a indústria automóvel britânica procurava um motor pequeno e potente para carros desportivos, e os irmãos Aldington, donos da Frazer-Nash, foram à Alemanha comprar os direitos do motor, já que, em 1950, a BMW ainda estava proibida de restaurar a produção automóvel. Os irmãos Aldington deram os direitos à Bristol para que esta os pudesse produzir em massa. Assim, além do Frazer-Nash, a própria Bristol lançou uma série de modelos com a sigla 400, e o motor também foi usado no AC Ace (antecessor do Cobra) e vários carros de competição.
Motor: Triumph Slant-4. Marca: Saab Nos anos 60, a Ricardo Engineering estava a desenvolver um motor de quatro tempos para substituir os de dois tempos da Saab. Quando os custos se tornaram incomportáveis, e como parceira habitual da Triumph, a Ricardo levou o novo motor Slant-4 (V8 cortado ao meio, na prática um motor inclinado) da marca britânica aos suecos. Estes gostaram, e em 1967 estava a ser usado no seu novo Saab 99, com 1,7 litros. Foi apenas em 1973 que a Triumph instalou este motor no Dolomite, mas em 1981 deixou de o produzir. A Saab, que já o produzia na Suécia como "série B" desde 1972 e o foi esticando até aos 2 litros (criando até uma versão Turbo), assumiu a produção a partir de 1982, que o modernizou e o transformou no "série H". Esta versão foi usada no 900 e no 9000, mesmo depois da GM comprar a marca sueca. Os direitos foram depois vendidos à chinesa BAIC, que continua a utilizá-lo.
Motor: Isuzu Circle L. Marca: Opel Introduzido em 1990 com o nome 4E, começou por ser usado no Isuzu Piazza, mas a marca japonesa deixou de produzir ligeiros de passageiros. A GM, como acionista da Isuzu, aproveitou para colocar este motor moderno e equipado com turbo nas novas gerações do Astra e do Corsa da Opel, lançados em 1991 e 1992. Quando a Isuzu passou a concentrar-se essencialmente em veículos de trabalho, a Opel passou a gerir a produção do motor 1.7 CDTI, que era feita na fábrica da Isuzu na Polónia. O motor continuou a ser usado por quase toda a gama Opel até 2014, mas deu o seu lugar a um moderno 1.6.

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É geralmente assumido pelo público que os motores de um carro são construídos pela marca. Na verdade, por motivos financeiros, é comum pagar-se uma licença para usar um motor. No passado, já se viram propulsores Diesel da Peugeot em carros da Rover, Nissan ou Suzuki. A Chrysler já usou motores Volkswagen, em ocasião. E as marcas com baixo volume costumam comprar motores, como é o caso dos novos Aston Martin com motores AMG-Mercedes ou da Lotus que usa Toyota.

Outros casos são resultado de acordos para desenvolvimento e produção em conjunto. O motor 1.3 Multijet foi desenvolvido em conjunto pela GM e Fiat, e no passado o famoso PRV V6 foi resultado de uma parceria da Peugeot, Renault e Volvo. Mas existe ainda outra circunstância, em que uma marca cria um motor, e ao fim de algum tempo desiste de o utilizar, vendendo o projeto a uma marca concorrente. Mostramos aqui seis situações do género, passando por várias eras da história do automóvel.