Apresentado na semana passada, o Speedtail assume-se como o sucessor espiritual do icónico McLaren F1, que em meados da década de 1990 dominou o panorama dos supercarros, com uma configuração de três lugares e construção de baixo peso que, associado a um potente motor BMW, lhe deu a primazia entre os hiperdesportivos.

Mais de duas décadas depois, as mesmas premissas serviram para o desenvolvimento do Speedtail, do qual se conhecem agora mais alguns detalhes… da fase de testes. O mais relevante é o nome ‘Albert’, que foi a denominação com que o fabricante agraciou o modelo de desenvolvimento, o qual será colocado à prova de maneira intensiva para garantir elevadas prestações técnicas e fiabilidade.

Porquê ‘Albert’? De acordo com a McLaren, mais uma conexão com o seu passado, já que esse foi exatamente o mesmo nome concedido ao protótipo do F1 original, idealizado pelo designer Gordon Murray, que procurou aplicar muitos dos ensinamentos da Fórmula 1 num modelo de produção em série. O resultado, sobejamente conhecido e detalhado, foi o McLaren F1. O nome em si refere-se ao local onde foi desenhado o modelo original, de 1992, em Albert Drive, em Woking.

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Assim, ‘Albert’ foi também a denominação atribuída ao protótipo número MVY02, sendo esta denominação igualmente detalhada pela marca: ‘MV’ é o código para qualquer projeto da McLaren, enquanto o ‘Y0’ refere-se ao ponto central no eixo XYZ dos programas de desenho informático (CAD) e igualmente uma alusão ao posto de condução central do Speedtail.

Com uma decoração específica, o ‘Albert’ é, na essência, uma versão de produção completa do novo Speedtail, combinando a motorização híbrida com 1050 CV de potência que o impede até aos 403 km/h de velocidade de ponta. Este será um dos pontos a ensaiar ao longo do desenvolvimento, contando com a experiência do piloto de testes e antigo campeão de Fórmula Indy, Kenny Brack, ao volante. Numa marca com um passado tão forte ligado à Fórmula 1, a escolha de um piloto da Indycar não deixa de causar alguma surpresa.

A produção deste modelo, com um custo em redor de 2 milhões de libras, está prevista para começar no final de 2019, com as primeiras entregas pensadas para o início de 2020. Tal como no F1 de 1992, apenas serão produzidas 106 unidades e, de forma pouco surpreendente, todas elas têm já destinatários.

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