A primeira série do XJ-S, produzida de 1975 a 1981, estava disponível apenas com o motor V12 de 5,3 litros de cilindrada, que podia ser acoplado a uma caixa manual ou uma automática BorgWarner Model 12, no entanto, a primeira seria descontinuada pouco depois e, em 1977, a automática foi substituída por uma Turbo-Hydramatic 400.
A partir de Julho de 1981 iniciou-se a comercialização da segunda série, conhecida por HE, que se manteve até 1991. O nome HE provém da introdução do novo motor V12, um motor melhorado tendo em conta as emissões e consumos, recebendo a designação de High-Efficiency, elevando ainda assim a potência para os 295cv.
Em 1983 surgiu o motor de seis cilindros em linha, o Jaguar AJ6, com 3,6 litros de cilindrada que só estava acoplado a uma caixa manual Getrag 265 de cinco velocidades, enquanto o V12 só estava disponível com caixa automática ZF 4HP22 de quatro velocidades que, a partir de 1987, passou também a equipar o modelo de seis cilindros. Como já foi dito acima, a partir de 1991 entra a última série redesenhada do XJS, até à sua substituição pelo Jaguar XK8 em 1996.
A versão mais desportiva era denominada de Jaguar XJR-S e foi lançada em 1988, produzida pela recém-formada JaguarSport, resultado da parceria entre a Jaguar e a TWR. Aquando do lançamento deste modelo, este estava equipado com o motor V12 de 5,3 litros de cilindrada, que produzia 318cv. Além do motor, esta versão tinha um estilo mais arrojado, jantes específicas de 15”, pneus mais largos, suspensão melhorada e um interior mais luxuoso.
Em Setembro de 1989, o XJR-S passa a contar com o motor V12 de 6,0 litros debaixo do capot, equipado com sistema de injecção e gestão Zytek, para agora produzir 333cv às 5250rpm e 495Nm de binário às 3650rpm. Acoplado ao motor está uma caixa automática de três velocidades GM400 da General Motors.No entanto, as performances e luxo do modelo original não cumpriam com os gostos de todos os proprietários e é aí que entra a alemã Arden Automobilbau, uma empresa que se dedica à transformação e melhoramento de automóveis britânicos, mas especialmente da Jaguar – numa associação a fazer lembrar a AMG com a Mercedes-Benz, a RUF com a Porsche ou a Alpina com a BMW, sendo reconhecida como fabricante de direito próprio.
A empresa foi fundada em 1972 por Jochen Arden, no entanto, apenas a partir de 1981 é que iniciou a produção e venda de modelos completos com o AJ1, com base na berlina Jaguar XJ. Em 1985 lançam o segundo modelo, o AJ2, já com a base do XJ-S, tanto na carroçaria coupé como na descapotável. Em 1986 é lançado o modelo AJ3, uma carrinha produzida com base no XJ-S.
Em 1988, aquando do início de produção do XJR-S, a Arden lança o AJ6, um automóvel que se assemelha muito com o XJ-S, no entanto, com bastantes modificações, a começar pela própria carroçaria, com uma geometria do tejadilho diferente, que foi modificada para melhorar o desenho, espaço interior e visibilidade traseira, podendo assim sentar quatro adultos sem grandes dificuldades. Com isto, diminuiu o tamanho da tampa da bagageira, apesar de o espaço de bagagem continuar o mesmo. Os espelhos retrovisores foram também alterados, com um desenho muito mais aerodinâmico.
Para a mecânica, foi escolhido o motor do XJR-S, o V12 de 6,0L de cilindrada, trabalhado para extrair mais potência, como o sistema de arrefecimento, de controlo do motor e de escape, aumentando a potência em 16cv, para os 346cv. A travagem e suspensão também foram melhoradas. Acoplado ao motor está uma caixa automática da ZF com quatro velocidades. No final de produção do AJ6, a Arden alargou o motor para os 6,3L e a potência passou para os 390cv.
Presente neste artigo está um raro Arden AJ6 de 1991 com o motor de 6,0L de cilindrada e num estado excelente de conservação. Está actualmente à venda na Collectors Garage por 69 mil euros.
Fotografias: Błażej Żuławski e Classic Driver