Estudo realizado em Espanha prova que estradas em mau estado de conservação aumentam emissões de CO2 e penalizam os consumos de combustível

O mau estado das estradas tem um impacto direto na poluição e nos consumos de combustível. Segundo um estudo, realizado recentemente, uma estrada danificada aumenta o CO2. Caso para dizer que uma via esburacada contribui para o buraco do ozono. Para chegar a essa conclusão, um grupo de especialistas espanhóis realizou uma bateria de testes, em condições reais, com modelos ligeiros de passageiros e com veículos pesados. Sempre em estadas em mau estado de conservação. Os resultados foram dados a conhecer no relatório “Análise da relação entre o estado de conservação do pavimento, o consumo de combustível e as emissões dos veículos”, rum documento assinado pela Associação Espanhola de Estradas (AEC) com a colaboração de a plataforma “Put Brake” do Atresmedia Communication Group e a Mercedes Benz.

Interferência direta
Os testes, realizados num percurso de 46 quilómetros, confirmaram que, no caso do ligeiro, as emissões de CO2 diminuem, em média, 3,5% ao conduzir num asfalto bem preservado, atingindo uma redução de 4% para o pesado.

Pelo contrário, com o pavimento danificado (rachas, buracos e deformações várias), os veículos emitem até 9% mais CO2 (6% no caso dos pesados). Mas não só. Se a a deterioração for mais superficial (rachas finas, sarjetas, por exemplo), as emissões aumentam entre 5% (ligeiros) e 4% (pesados).

Uma estrada danificada afeta ainda os consumos, conclui o mesmo estudo espanhol da AEC, que aponta para 600 milhões de litros anuais de combustíveis consumidos a mais do que seria suposto, resultado das más condições do asfalto.

Por último, mas não menos importante, conduzir numa estrada em mau estado compromete também a segurança rodoviária; desgasta os pneus (3% nos ligeiros e 2% nos pesados) e pode, inclusivamente, causar sérios danos no veículo.
De acordo com o mesmo estudo, só em Espanha, a repavimentação de metade da rede rodoviária representaria uma economia de 1.600.000 toneladas de CO2 por ano.