A Porsche é um dos fabricantes de automóveis desportivos na linha da frente da eletrificação, dispondo já de um modelo movido exclusivamente a baterias no seu catálogo, o Taycan. Já quando o assunto é o icónico 911, a marca alemã é categórica: o desportivo mais conhecido da Porsche não deverá conhecer uma versão elétrica no futuro próximo. “O 911 é um conceito de carro que está preparado para um motor de combustão interna. Não é útil combiná-lo com a mobilidade puramente elétrica. Acreditamos em carros desenhados especificamente para a mobilidade elétrica”, afirmou Oliver Blume, CEO da marca alemã, em entrevista recente à Bloomberg.
Quem parece não concordar são os especialistas da Everrati, empresa que acaba de lançar a versão “zero emissões” do Porsche 911. Especializada na conversão de clássicos da indústria em elétricos totalmente focados na dinâmica e nas performances, a firma britânica partiu da base excelente da geração 964, com modificações que incluem o reforço do chassis para suportar o aumento de potência, num trabalho meticuloso que conta com a colaboração do ex-campeão de BTCC, Tim Harvey. De acordo com o fabricante, o recurso massivo à fibra de carbono na conceção dos componentes e painéis que substituem os originais permitiu a criação de um conjunto ainda mais leve do que o de fábrica.
Na versão “base”, o motor elétrico debita 446 CV, o suficiente para cumprir 0 a 100 km/h em 4,5 segundos. Mas existe uma versão mais desportiva, equipada com o “performance pack”, e que chega aos 507 CV potência para acelerar de 0 a 100 km/h em menos de quatro segundos. A bateria é sempre de 53 kWh, permitindo até 289 km de autonomia e admitindo carregamentos rápidos – 10 a 100% da carga em menos de uma hora.
O Porsche 911 elétrico está disponível a partir de 232.843 €; a versão “performance pack” custa 291.054 €.
