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Renault Cacia: A fábrica que procura as melhores tecnologias para a mobilidade

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“O plano é transformar a unidade fabril de Aveiro, líder da indústria metalomecânica portuguesa há mais de 40 anos, numa empresa tecnológica orientada para as novas formas de mobilidade”, declara Raynald Joly, diretor-geral da Renault Cacia.

 

Para isso foi formada uma parceria com a Brisa e Via Verde, que em conjunto promovem a test bed “the smart lab – Aveiro”, um espaço onde as startups podem testar os seus produtos com maturidade em ambiente real, como é o exemplo da Nuada, que criou uma luva com um exo-esqueleto ativo integrado que permite executar tarefas com o mínimo esforço a quem tem restrições de mobilidade.

Todas as startups presentes tiveram oportunidade de demonstrar os seus produtos. Desde soluções de realidade virtual ou aumentada, com a promessa de interação em tempo real com máquinas e sistemas de produção. Passando por robôs capazes de definir o seu próprio caminho, ou uma aplicação para smartphone que deteta sinais de cansaço nos condutores e envia alertas. Até um software de cibersegurança que utiliza a inteligência artificial para identificar possíveis ataques aos sistemas informáticos.

São já 30 projetos-piloto, selecionados para a test bed “the smart lab – Aveiro”, que faz parte da rede nacional apoiada por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No espaço de três anos, espera acolher 59 projetos, com especial interesse em inteligência artificial, ciência dos dados, robótica colaborativa inteligente, e mobilidade e conectividade.

“Estamos a atravessar uma grande transformação, que vai acelerar muito mais do que até aqui”, por isso “temos de estar preparados”, o alerta é de Eduardo Ramos, administrador da Brisa, salientando que, “sem perspetivas de crescimento, não conseguimos atrair, nem reter, talento”, o que tem sido um problema para o país.

Eduardo Ramos, administrador da Brisa

Já o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, salienta que “Em Aveiro somos herdeiros da capacidade de inovar”, referindo-se ao “ecossistema tecnológico” que existe na cidade, e permite fomentar este tipo de iniciativas.

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves

Para Luís Guerreiro, presidente do IAPMEI, a criação das test beds, são o fruto de uma política coerente de transição digital, explicando que: “não é um fim em si, mas um processo”, uma ferramenta que vai ajudar a aumentar a “competitividade, a capacitação e internacionalização das empresas”.

Luís Guerreiro, presidente do IAPMEI

A encerrar a apresentação, o Secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, reforça a ideia salientando que: “A conversão digital é a forma de ganhar escala no mercado internacional”, apesar de atravessarmos um período desafiante e de incertezas por causa da pandemia e da guerra na Ucrânia.

Secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio

A criação da test bed faz parte da estratégia da Renault para o futuro do Grupo que avançou com uma restruturação profunda. O resultado foi a separação da produção de veículos de combustão interna, dos eletrificados, estabelecendo uma parceria com o fabricante chinês Geely (dono da Volvo, Polestar e Lotus, entre outros), e a Aramco (produtor de petróleo Saudita), no projeto “Horse”, que vai produzir motorizações a combustão e híbridas.