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Tribunal dá razão a mulher atropelada por ciclista

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Quem está aos comandos de uma bicicleta não é obrigado a ter seguro, mas o que acontece num acidente onde o ciclista tem culpa? Embora não seja em Portugal, este caso poderá servir como jurisprudência, pois um tribunal britânico deu razão a uma mulher que foi atropelada por um ciclista em Londres, em 2015. E a culpa nem era toda do ciclista, que mesmo assim terá que indemnizar a vítima do acidente.

Em 2015, Gemma Brushett foi atingida por Robert Hazeldean, aos comandos de uma bicicleta, na zona histórica de Londres, quando Brushett saiu da calçada para uma passadeira, a olhar para o telemóvel, sem reparar no trânsito ou que o semáforo estava vermelho para os peões. Colhida pela bicicleta de Hazeldean, caiu no chão e ficou inconsciente após bater com a cabeça, sofrendo um ligeiro traumatismo craniano. Devido a esta situação médica, fez uma queixa em tribunal.

A juíza considerou que Robert Hazeldean é um ciclista calmo e razoável na estrada, e que Gemma Brushett estava a olhar para o telemóvel mas que, ainda assim, observou o ciclista no último momento e tentou reagir, dando um passo atrás. Mesmo assim, não conseguiu evitar a bicicleta, que circulava a cerca de 20 km/h, até porque o ciclista desviou-se na mesma direção. No entanto, a juiza resolveu dar razão a Brushett, pois, tal como um automobilista, um ciclista deve esperar comportamentos erráticos por parte dos peões, e, mesmo quando tem prioridade, o ciclista deve esperar que um peão acabe de atravessar a rua quando já está no asfalto.

É apenas porque Gemma atravessou a estrada quando não devia, e porque estava a olhar para o telemóvel, que vai atribuir uma indemnização com metade do valor a que teria direito caso a culpa fosse totalmente de Robert Hazeldean.