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Veículos autónomos vão circular em Portugal já em 2019

Nível 1: É naturalmente o mais ‘primário’ e é possível encontrar-se já em muitos modelos. Falamos de sistemas de assistência à condução, como, por exemplo, o cruise control adaptativo (o sistema permite ao condutor regular a velocidade e a distância a que quer seguir face ao veículo da frente. Caso não haja qualquer veículo à frente, funciona como o cruise control convencional). Mais que aquilo que oferece, a importância está no facto de marcar o princípio daquilo que se espera vir a ser o futuro, com uma ajuda, ainda que mínima, ao condutor.
Nível 2: Constitui o primeiro e definitivo passo para a condução autónoma. O veículo já permite ao condutor retirar as mãos do volante durante breves momentos, manter-se na faixa de rodagem, ou realizar manobras como estacionar. Um bom exemplo disso é o controlo de estacionamento à distância da BMW, que permite estacionar o veículo estando fora dele, através da utilização da chave com ecrã. Neste nível as câmaras e radares do automóvel monitorizam o meio envolvente para a realização das ações autónomas por parte deste.
Nível 3: O veículo assume maior maturidade no capítulo da autonomia. Aqui o condutor já é capaz de se alhear da estrada e realizar outras tarefas, com o carro a seguir ‘sozinho’, podendo mudar de faixa, acelerar ou travar, sendo que o condutor poderá ser chamado a intervir a qualquer momento. Por exemplo, a Audi anuncia que o A8, que será apresentado no próximo mês, irá incorporar o nível 3 da condução autónoma, que irá funcionar abaixo dos 60 km/h e irá permitir ações como a de ler o jornal ou responder a e-mails enquanto o A8 se conduz sozinho. Este nível requer a utilização de sensores altamente avançados, como scanners laser, sensores ultra-sónicos e sistemas de radares que fazem uma leitura de 360º de tudo o que se passa em torno do veículo.
Nível 4: Apesar de não ser o último nível, é aquele em que o carro já terá total autonomia, a um ponto em que já irá permitir ao condutor, por exemplo, dormir descansadamente enquanto o automóvel o leva ao destino. Porém, o condutor deve estar habilitado para conduzir, podendo assumir a condução em partes específicas do traçado, se necessário. Neste nível os sensores e câmaras fornecem uma informação ainda mais precisa, com uma leitura dos dados em tempo real da área em que se encontra o veículo.
Nível 5: A diferença para o nível anterior é que o condutor deixa de ‘existir’, com o veículo a assumir total autonomia em todas as situações e passando a ser um transporte de passageiros. O ser humano deixa de precisar de estar habilitado a conduzir. É o futuro.

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Os veículos autónomos vão ser testados em Portugal ao abrigo de um projeto ibérico que visa o desenvolvimento desta tecnologia, previsto para se iniciar em 2019, tendo já sido assinado um acordo com Espanha para o estabelecimento de um ‘corredor’ de ensaios entre as duas nações.

Esta parceria entre Portugal e Espanha no âmbito da condução autónoma surge ao abrigo de uma plataforma europeia denominada C-Roads, que pretende harmonizar os sistemas tecnológicos entre todos os estados-membros da União Europeia, permitindo que os países e concessionárias de vias possam implementar serviços operacionais de alta tecnologia sem falhas e sem discrepâncias.

O acordo para a cooperação luso-espanhola foi assinado na semana passada, em Bruxelas, com Guilherme d’Oliveira Martins, secretário de Estado das Infraestruturas, a enaltecer em declarações à Lusa que o projeto C-Roads assume um carácter “pioneiro na Europa”, com os dois países da Península Ibérica a serem os primeiros a avanças, já em 2019.

De acordo com o responsável, “o primeiro teste transfronteiriço” será feito “entre dois corredores: Porto e Vigo e Évora e Mérida. O projeto tem uma duração estimada de quatro anos, com um investimento total de 8.3 milhões de euros, do qual 50% provém do financiamento europeu desta plataforma.