Ao todo foram 74 acidentes que a PSP registou no primeiro semestre de 2019 com trotinetes elétricas, traduzidos em 10 atropelamentos, 44 colisões e 20 despistes.
Comparando os dados com o mesmo período de 2018, já se registaram mais 67 acidentes e é superior a 100 o número de condutores multados, 31 dos quais, alcoolizados, com coimas que podem ir dos 125 aos 1.250 euros.
A condução sob efeito do álcool é a infração mais comum, que levou à detenção de 31 pessoas por apresentarem valores de álcool no sangue superiores ao permitido por lei.
Destes acidentes com trotinetes resultaram ainda 52 feridos leves, mais 47 do que em 2018 e são dados referentes aos distritos de Lisboa, Porto, Faro e Coimbra.
Os números da Polícia de Segurança Pública foram divulgados numa altura em que o Automóvel Club de Portugal lançou a campanha de sensibilização para o uso de capacetes para quem conduz este tipo de equipamento.
“Não sejas Alberto, usa capacete!” É o lema para condutores de trotinetes e bicicletas elétricas numa campanha que conta com o apoio da PSP e das empresas responsáveis pela distribuição das trotinetes pelo país.
O uso de capacete diminuiu em 42% o risco de lesões fatais e baixa até aos 69% as hipóteses de ferimentos na cabeça, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Em comunicado, o ACP justifica a campanha com a necessidade de segurança rodoviária para quem recorre a este tipo de equipamentos e cita o seu presidente. Carlos Barbosa afirma que é “importante alertar a população para a importância do uso do capacete e há diversos países que já permitem o aluguer de capacete ” e também que “é preciso fazer valer a lei”.
Em dezembro do ano passado, uma instrução técnica da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária tornou opcional, o uso de capacete em trotinetes e bicicletas elétricas.
Carlos Barbosa explica que “a medida é ilegal”, e por isso o ACP já contestou a decisão em tribunal.
Já para a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados é preocupante que as trotinetes e bicicletas elétricas tenham sido lançadas sem campanhas de sensibilização prévias.
Recorde-se que segundo os dados da ANSR, em 2018, o número de mortes nas estradas portuguesas aumentou 12%, o pior resultado dos últimos sete anos.
Leia mais em www.portugalms.com
