Lisboa é a sexta cidade europeia com mais emissões poluentes de navios de cruzeiro.

As emissões de óxidos de enxofre dos navios de cruzeiro na costa portuguesa são 86 vezes superiores às emissões de toda a frota automóvel que circula em Portugal, representando mais de 10% do total das emissões nacionais deste poluente.
A conclusão é da associação ambientalista Zero que fala em números “impressionantes” a que chegou com base nos dados da Agência Portuguesa do Ambiente e de um estudo agora fechado da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente.

O estudo europeu conclui mesmo que Lisboa foi, em 2017, a cidade portuária do velho Continente com maior tráfego de cruzeiros, ficando no sexto lugar nas emissões poluentes de cruzeiros – atrás de Barcelona, Palma de Maiorca, Veneza, Civitavecchia (perto de Roma) e Southampton.
A Zero explica que as emissões de óxidos de enxofre lançadas pelas chaminés dos navios formam aerossóis de sulfato que aumentam os riscos para a saúde de doenças cardiorrespiratórias e contribuem para a acidificação de ambientes terrestres e aquáticos.

A associação ambientalista defende que os países mais poluídos por cruzeiros “estão expostos ao problema porque são os principais destinos turísticos da Europa, mas também porque têm limites de enxofre nos combustíveis navais menos rigorosos, permitindo que os navios de cruzeiro queimem combustível mais sulfuroso (e mais poluente) ao longo dos seus litorais”.
“A gasolina e gasóleo que temos nos nossos carros têm muito pouco enxofre em comparação com estes navios”, sendo necessário impor limites mais apertados.
Francisco Ferreira da Zero defende que não faz sentido o Estado português preocupar-se tanto com a poluição emitida pelos carros e mal olhar para as consequências ambientais destes navios que são verdadeiras cidades flutuantes.

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