Todas as coisas boas têm de chegar ao fim e esta é um pouco agridoce. A Auto Moto D’Epoca está cada vez maior e melhor, como se pôde verificar na edição deste ano, cada vez apresenta mais automóveis amontoados nos vários pavilhões e à volta do mesmo. No entanto, este foi o último ano em que a exposição foi realizada em Pádua, Itália sendo que em 2023 irá mudar-se para a Bolonha.
Um dos destaques deste ano foi a exposição intitulada de “Mostra Ferrari Classiche” que contou com a exposição de vários modelos e projectos na avenida central do evento. Um desses exemplares presente foi o 125 Sport que fez a sua estreia no Circuito de Piacenza em 1947 com Franco Cortese ao volante. Durante a prova o automóvel teve que desistir devido a problemas na bomba de combustível, após estar na primeira posição durante a maioria da prova. No entanto, Cortese regressou à pista e, duas semanas depois, venceu o Grande Prémio de Roma. Mas não foi só neste espaço que havia Ferraris para apreciar e os visitantes podiam apreciar a marca do “Cavallino Rampante” noutros corredores.
Mas não foi só a Ferrari que foi memorável e uma das coisas mais refrescantes vertentes do Auto Moto d’Epoca foi a variedade em exibição. Este ano o visitante pode apreciar algumas joias espectacularmente raras, como Fiat de carroçarias especiais, Lancia, Alfa Romeo e muito mais.
A vitória de Sandro Munari no Rali de Monte Carlo de 1972 também foi comemorada com a presença do seu Lancia Fulvia HF 1600, que se inseriu num dos temas do Auto Moto D’Epoca, os rallies. Dessa forma também estivera presentes um Mini Cooper S, um Fiat 124 Spider, um Renault Alpine A110 e um Alitalia Lancia Stratos. Um exemplo disso foi o Abarth 750 Record de 1956 que foi apresentado no Salão Automóvel de Turim. Com uma carroçaria Bertone e equipado com um motor Fiat de 750cc, 47bhp e 390 quilos consegue atingir a velocidade máxima de 190 km/h. Este modelo estabeleceu vários recordes de distância nas 24 Horas de Monza, sempre com uma velocidade de 140 km/h ou superior.
