GP da Rússia: Bottas foi ajudante perfeito no triunfo de Hamilton

30/09/2018

Lewis Hamilton venceu o GP da Rússia de Fórmula 1, naquela que é a sua oitava vitória do ano, ainda que com uma boa ajuda da Mercedes, já que a equipa pediu a Valtteri Bottas para deixar passar o seu companheiro de equipa, quando ambos rodavam atrás de Max Verstappen, que ainda não tinha rumado às boxes.

Na 25ª de 53 voltas, o finlandês deixou Hamilton, chegando-se para o lado, com James Vowles a dizer via rádio a Bottas que com Vettel em terceiro atrás de Hamilton e com este com alguma granulação nos pneus não podiam arriscar que Vettel o passasse, aproveitando mais uma oportunidade para que o inglês ganhasse a maior diferença possível. Com Bottas a ceder passagem e a aguentar Vettel atrás de si até ao fim, o inglês passa a ter agora 50 pontos de avanço face a Vettel, isto quando faltam cinco corridas. em condições o campeonato está entregue.

Bottas voltou a ser o ‘wingman’ perfeito, mostrando-se um grande ‘team player’, e se voltou a dar sinal à equipa que pode contar com ele, também ‘disse’ aos adeptos que nunca será um piloto ganhador de campeonatos enquanto tiver pilotos como Hamilton a seu lado. O seu semblante no fim da corrida disse tudo. Depois de Verstappen ter ido às boxes e os Mercedes terem ficado na frente, Bottas ainda perguntou como terminaria a corrida, indicando que queria recuperar a posição que cedeu, mas a Mercedes mandou-lhe manter a posição.

Sebastian Vettel bem tentou, logo após a partida, e mais para a frente, aquando da paragem nas boxes de Hamilton, passá-lo, o que conseguiu, mas depressa Hamilton reagiu e passou Vettel novamente. Ao fazê-lo, o inglês mostrou bem que não precisava da ajuda da equipa, embora se compreenda porque existe. A este nível, não se facilita um mílimetro. Para o alemão da Ferrari, pouco mais podia fazer. Tentou meter pressão , mas não dava mesmo para mais…

Kimi Raikkonen foi quarto e quase não se deu por ele, terminando na frente de Max Verstappen, que realizou umas primeiras seis voltas absolutamente incríveis, recuperando de 19º para 6º Pouco depois, chegou ao quinto lugar em que terminou e a 10 voltas do fim lederava a corrida. Grande prestação do jovem piloto da Red Bull a mostrar também que o meio do pelotão nada tem a ver com as três equipas da frente.

Daniel Ricciardo recuperou até à sexta posição, no segundo Red Bull, depois de ter sido passado por Verstappen após o arranque. Nem de perto esteve ao nível do seu colega de equipa.

Charles Leclerc foi sétimo, depois de mais uma excelente corrida, chegando mesmo a rodar em quinto, sendo dele e da Sauber a primeira ‘vítória’ não oficial do ano no 2º pelotão.

Kevin Magnussen foi oitavo com o Haas depois duma bela luta com os homens da Racing Point Force India durante praticamente toda a corrida.
Esteban Ocon foi nono, na frente de Sergio Pérez.

O segundo Haas, o de Romain Grosjean não esteve tão bem, foi 11º, na frente do melhor dos Renault, o de Nico Hulkenberg. Marcus Ericsson, no segundo Sauber foi 13º na frente do melhor McLaren, o de Fernando Alonso. Lance Stroll foi o melhor dos Williams, o segundo Renault teve problemas, com Carlos Sainz apenas em 17º.

A corrida teve apenas dois abandonos, os Toro Rosso de Pierre Gasly e Brendon Hartley, ambos com falhas nos travões.