Quatro vitórias consecutivas com a Mercedes não se conquistam sem mérito e a verdade é que o quatro vezes campeão do Mundo está muito à vontade no COTA (Circuito of the Americas) e ganhou quatro das seis edições até agora realizadas. Além disso, Lewis Hamilton não tem desperdiçado nenhuma oportunidade de vibrar duros golpes na moral de Sebastian Vettel e da Ferrari, aproveitando todas os erros dos italianos. No circuito das Américas, só um fim de semana perfeito poderá incomodar aquilo que, acredito, será um passeio da Mercedes por terras do Tio Sam.
Nos Estados Unidos, a RedBull vai ter mais uma corrida onde se senta à mesa do banquete para comer as migalhas que Mercedes e Ferrari (mais esta, diga-se) deixarem. pois os RB13 não terão muita chances de ir além de incomodar, ligeiramente, a Ferrari. A desvantagem de potência do RedBul nas longas retas de Austin é pior que “kriptonite” para o Super Homem!
Já no meio do pelotão, há interessantes movimentações. A Racing Point Force India tem estado a evoluir e parece que a injeção de dinheiro e de motivação no “após Vijay Mallya” fez a equipa agigantar-se. A Renault foi ultrapassada, parecendo sem soluções para o anoitecer da temporada 2018 e a Haas tem, ainda, uma palavra a dizer, até porque será a equipa norte americana a única a trazer novidades para a sua prova caseira. O quarto lugar do Mundial de Construtores está ali à mão se semear e a equipa de Gene Haas quer terminar 2018 como a melhor dos outros. Ainda assim, devemos ter em atenção os Toro Rosso cujo motor Honda parece ter acertado a tecla da fiabilidade e a tecla da performance e está, literalmente, a empurrar a equipa italiana para os primeiros lugares. Indevitavelmente, McLaren e Williams estarão na luta para não serem os “lanterna vermelha” da competição.
Recordo que em 2017, o GP dos EUA decidiu o primeiro título com a Mercedes a ganhar o cetro graças a uma vitória de Lewis Hamilton e um quinto lugar de Valtteri Bottas. No arranque, Vettel ainda conseguiu incomodar Hamilton, mas com alguns toques á mistura, ninguém teve argumentos para desfeitear o britânico, na época, rumo ao quatro título mundial de pilotos. Vettel conseguiu segurar o segundo lugar e Kimi Raikkonen o terceiro devido a uma penalização de cinco segundos imposta ao piloto da RedBull, Max Verstappen.
Enfim, este fim de semana da Fórmula 1 por terras norte americanas, poderá assistir à coroação de Lewis Hamilton caso o piloto britânico opte por tentar a vitória que ele não precisa, neste momento, para ganhar o Campeonato do Mundo de Construtores. Hamilton necessita de ganhar 8 pontos a Vettel para ser, virtualmente, campeão do Mundo.A mãe natureza poderá dar uma mãozinha à RedBull, por exemplo. Estão previstos aguaceiros durante todo o fim de semana do GP dos EUA e a temperatura do ar não irá além dos 20 graus. O que deixa de fora, praticamente, qualquer possibilidade de amplo desgaste dos pneus. Contas feitas, favoritismo, claro, de Lewis Hamilton para conquistar o seu quinto título mundial de Pilotos
