Lion Motordrome, quando os leões eram passageiros na roda da morte

30/01/2020

Foi nos 30 que nasceu o Lion Motordrome, em que além dos automóveis e motos e seus condutores na roda da morte, eram adicionados leões como passageiros, treinados para ficarem no sidecar, enquanto o condutor levava o automóvel a grande velocidade.

O sidecar era montado na lateral do automóvel, como nas motos. O maior problema é que os leões tinham de ser treinados para ficar quietos, pois um movimento do animal seria desastroso para ambos. Obviamente que não era uma tarefa fácil, já que o leão é um animal carnívoro e a andar àquelas velocidades poderia fazer algum movimento brusco ou até atacar alguém.

Até que, aconteceu o inevitável. Em 1938, um leão que pertencia a Joseph Dobish, dono do Wildwood New Jersey’s Motordrome Wall of Death, saiu do sidecar e matou um espectador. Marjorie Kemp, uma grande condutora nos Motordrome, foi atacada pelo menos quatro vezes durante a sua carreira.

Como se isto não fosse suficientemente perigoso, havia ainda outra variante da roda da morte, designada de “Race for Life”. Esta variante consistia em que enquanto os motards andavam às voltas na roda, os leões seriam libertados para atacar as motos.

O último Lion Motordrome esteve em actividade até 1964, quando um trabalhador ficou com o braço preso na jaula do leão, leão esse com nome King. Quando a polícia chegou ao local, teve de abater o animal e assim chegou ao fim o Lion Motordrome, este último pertencia à família de Sonny Pelaquin, que ainda hoje é praticante da roda da morte.