Morgan Plus 4: A evolução dos automóveis de quatro rodas do construtor britânico

15/08/2020

O Morgan Plus 4, também conhecido por +4, iniciou a sua produção em 1950 e foi apresentado no Earl’s Court Motor Show do mesmo ano, sendo o primeiro automóvel da Morgan lançado após a Segunda Guerra Mundial. Com o término do conflito, a Morgan reintroduziu no mercado o seu 4/4 equipado com um motor de 1.267 cc da Standard, um modelo lançado em 1936. Para actualizar a sua gama, a Morgan lançou então o Plus 4, um modelo maior e mais potente. A sua produção manteve-se até 1969, sendo reavivado em 1985, preenchendo o vazio entre o novo 4/4 e o Plus 8 até 2000, voltando aos catálogos da marca em 2005. A sua produção irá terminar este ano, sendo substituído pelo Plus Four.

Quando foi introduzido no mercado, o Plus 4 estava equipado com o motor de quatro cilindros em linha de 2.088 cc, retirado do Standard Vanguard, com 68 cv. Pela primeira vez, um automóvel da Morgan estava equipado com travões hidráulicos, ainda que de tambor nas quatro rodas. Em 1952, a Dellow Motor Co lançou uma versão do Plus 4, em que a grande diferença são as portas suicida de desenho diferente.

Em 1953 foi lançada uma versão melhorada, equipada com o motor de 1.991 cc extraído do Triumph TR2. Exteriormente recebeu várias melhorias, como a grelha do radiador estava agora incorporada na carroçaria, sendo mais arredondada e mais aerodinâmica. Em 1955 passou a utilizar a mecânica do Triumph TR3, que era uma evolução do anterior TR2. Em 1959 passou a estar disponível travões de disco na frente, algo que passou a ser montado de série em todos os automóveis a partir de 1960. Já em 1962, a mecânica voltou a ser actualizada, agora com o motor do Triumph TR4, com maior cilindrada e potência, de 2.138 cc e 105 cv.

Ao nível de carroçarias estava equipado com dois ou quatro lugares, além de uma versão mais luxuosa o Drophead Coupe de dois ou quatro lugares também. De 1954 a 1956 houve ainda um verdadeiro coupé de quatro lugares. Em 1963 existiu uma versão com carroçaria em fibra de vidro, o +4+, mas somente 26 unidades foram construídas. O importador suíço da marca, Rolf Wehrlin, construiu uma versão coupé e melhorou o motor, devido ao aumento do peso, adicionando um compressor Judson.

O Plus 4 também foi utilizado em competição, com a Morgan a desenvolver a versão Super Sports, disponível a partir de 1962, com um motor melhorado e menor peso, utilizando uma carroçaria em alumínio. A categoria GT 1601-2000cc das 24h de Le Mans de 1962 foram ganhas por um Plus 4 Super Sports conduzido por Chris Lawrence e Richard Shepherd-Barron. Continuando o desenvolvimento da versão de competição, de Fevereiro de 1966 a Novembro do mesmo ano, a Morgan produziu o Plus 4 Competition, com somente 42 exemplares construídos. Esta versão era mais cara que o tradicional Plus 4, com uma carroçaria em aço mais baixa, uns colectores de escape individuais da Derrington, um volante da mesma marca, jantes de 72 raios, amortecedores traseiros ajustáveis electricamente da Armstrong e um carburador duplo SU.

Nas reencarnações recentes, o Morgan Plus 4 teve mecânicas actuais, como é o caso do motor 2.0 Fiat de 122 cv utilizado de 1985 a 1988, o motor Rover M16 com 138 cv utilizado de 1988 a 2000 e o motor Ford Duratec de 2005 até ao final de produção, com 125 cv. No geral, o Plus 4 manteve o seu design, assim como a sua construção tradicional, com estrutura em madeira, chegando, em 2006, a versão Plus 4 Fourseater, que como o nome indica, tem quatro lugares. Esta última versão, com uma maior distância entre eixos, é equipada com um motor 2.0 litros de 145 cv.

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