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Os 10 desportivos americanos mais inesperados

Bricklin SV-1 (1974) Com portas de asas de gaivota e uma carroçaria aerodinâmico e bastante segura, o Bricklin era bem diferente do que era normal para um desportivo americano, mas o motor era um típico V8 de 5,9 litros, produzido pela AMC e debitando 175 cv. Apenas 3000 carros foram construídos no Canadá antes de a empresa entrar em processo de falência, com problemas causados pelo processo de fabrico, que deixavam a carroçaria suscetível a temperaturas elevadas.
Kurtis Kraft 500S (1953) Frank Kurtis ganhou notoriedade nos anos 50 produzindo automóveis vencedores para Indianapolis. Na prática, este 500S é um roadster de Indianapolis com dois lugares e guarda-lamas. Infelizmente, sem os meios dos grandes construtores, Kurtis só conseguiu produzir 30 carros. O motor era à escolha do freguês, mas o Chrysler Firepower 6.4 de 450 cv era uma opção popular. Ainda conseguiu algum sucesso em corridas para pilotos amadores.
Cheetah (1963) Com a Ford a beneficiar em termos de imagem do uso dos seus motores no Cobra de Carroll Shelby, a GM recrutou o preparador Bill Thomas para dar corpo a um projeto semelhante, com carroçaria de alumínio ou fibra de vidro, o motor do Chevrolet Corvette e peças da NASCAR. Infelizmente, apenas 10 exemplares foram construídos antes de novas regras de homologação para GT tornarem o projeto obsoleto, pelo que a GM retirou o apoio a Bill Thomas e a produção parou.
Chrysler-Maserati TC (1989) ste modelo surgiu da amizade entre Lee Iacocca (que passou de presidente da Ford a presidente da Chrysler) e Alessandro de Tomaso (à época, dono da Maserati). Após cinco anos de desenvolvimento, a Maserati ficou encarregada de produzir um descapotável de tração dianteira, baseado na plataforma Chrysler K, e um motor 2.2 turbo modificado com 200 cv. A perceção de qualidade fraca levou ao encerramento da produção após dois anos.
Nash-Healey (1951) Relações entre a América e Europa não são novidade. Já nos anos 50 existiam colaborações, geralmente colocando um motor americano grande numa carroçaria britânica leve. Neste caso, Donald Healey estabeleceu uma parceria com a Nash-Kelvinator, usando um motor Nash de seis cilindros e 140 cv num desportivo de dois lugares. A falta de um V8 deixou o Nash-Healey em desvantagem, e a parceria acabou em 1954, quando a Nash e Hudson se fundiram na AMC, e Healey dedicou-se ao Austin-Healey.
Studebaker Avanti (1962) O último automóvel construído pela Studebaker na fábrica de South Bend e um dos últimos três da história da marca, o Avanti combinava um interior espaçoso para quatro pessoas com um potente motor 4.7 V8 de 240 cv, que podia crescer com um compressor mecânico opcional. Tinha uma carroçaria mais aerodinâmica que a concorrência, com a admissão de ar localizada por baixo do carro. Após dois anos, foi vítima das dificuldades financeiras da marca.
Kaiser Darrin (1954) Enquanto tentava a reorganizar-se depois da Segunda Guerra Mundial, a Kaiser-Jeep criou um novo roadster compacto, o Darrin, concebido para lutar directamente com os automóveis europeus que eram preferidos do público mais abastado. Era leve e compacto, com um motor de seis cilindros e 90 cv, mas acabou por revelar-se demasiado caro face à concorrência. Foram produzidos menos de 500 carros durante um ano, pelo que agora é raro.
Mercury Cougar (1967) Fora o GT40, o Ford Mustang era o modelo de produção mais emblemático da marca nos anos 60. E hoje em dia não é só modelo de colecção, é um automóvel de culto, fazendo o público esquecer-se de outro modelo que a Ford produziu na época: a primeira geração do Mercury Cougar. A base mecânica era a mesma do Mustang, mas era mais comprido. Para fazer a diferença, a versão XR-7 era algo que o Mustang não tinha, com um motor 6.4 V8 de 335 cv.
Pontiac Fiero (1984) Concebido para ser o desportivo americano símbolo dos anos 80, acabou por ser vítima de politiquices na General Motors. Com motor central, dois lugares, carroçaria leve e baixo peso, o Pontiac Fiero tinha tudo para ser um verdadeiro desportivo, exceto o motor. Começou a ser produzido com um 2.5 de apenas 90 cv, mas no segundo ano finalmente surgiu um V6 de 140 cv. Apesar dos problemas de fiabilidade, era barato e fácil de transformar, ora com motor V8, ora com uma carroçaria de Ferrari.
Buick GNX (1987) Ao longe o GNX parece um coupé com pouca personalidade, mas quem andar ao lado de um vai ficar surpreendido pela potência. Baseado no Buick Regal Grand National, foi modificado pela metade americana da McLaren (hoje Linamar), que modificaram o motor 3.8 V6 com um turbo para atingir os 280 cv e passar dos 100 km/h em cinco segundos. O chassis também era surpreendentemente estável. Na época, foi batizado como “o carro do Darth Vader”.

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A cultura automóvel americana produziu um arquétipo interessante. O desportivo americano típico tem duas portas, carroçaria baixa, rodas grandes, motor V8 potente e rápido mas só em linha reta. Mas muitos construtores tentaram acabar com o estereótipo e trazer novos conceitos à tona, com mais ou menos. Estes são alguns dos desportivos americanos que merecem recordados como clássicos.