Com um invejável palmarés conquistado no panorama da velocidade nacional, o Simca 1000 Rallye 2 do Museu do Caramulo iniciou a sua carreira desportiva em 1975, pelas mãos de Santinho Mendes, na Rampa da Pena onde conquistou um terceiro lugar à classe, e no Estoril, com um primeiro lugar à classe. Nesse ano, o automóvel passou a ser pilotado por Jerónimo de Lacerda, tendo este competido a 27 de Julho de 1975 no Estoril, onde desistiu com um furo, e um mês depois, a 31 de Agosto de 1975, no circuito de Vila do Conde, onde conquistou o primeiro lugar na classe, um dos seus maiores feitos.
Entusiasmado com as capacidades do pequeno Simca, o piloto do Caramulo enviou-o para França para ser preparado nas instalações da Simca Racing Team, em Lille. Ainda fresco da viagem, e já com 86 CV no motor, o Simca foi inscrito na prova do Estoril, mas Lacerda seria substituído por questões de saúde ao volante por João Nabais. O resultado da preparação foi a conquista de um terceiro lugar na classe.
Após a morte de Jerónimo de Lacerda, o seu amigo e conhecido piloto dos anos 70, Edgar Fortes, pede o Simca 1000 Rallye 2 emprestado ao novo proprietário, António Adão, e conquista dois primeiros lugares nas rampas da Pena e da Foia, em 1978. A época de 1978 terminaria com António Adão ao volante do Rallye 2 nas provas do Circuito do Estoril, 500 Km do Estoril, Rampa da Falperra e Prémio da Serra da Estrela, nas quais conquistou dois quartos lugares, na primeira e terceira provas, tendo desistido nas restantes. Já sem a competitividade que havia gozado anteriormente, o automóvel passou pelas mãos de Veloso Amaral, que com ele fez as épocas de 1982 e 1983, disputando provas como o Circuito de Vila do Conde, Rally de Portugal, Circuito Grão-Pará Estoril, e Rampa da Pena (conquistando inclusivamente o primeiro lugar à classe na VI Rampa de Portalegre disputada em Junho de 1983), e de Alberto Gonçalves, que com ele disputou duas provas em 1985.
Após muitos anos afastado da competição, o Simca 1000 Rallye 2 regressou ao Caramulo, onde foi totalmente restaurado por João de Lacerda, filho de Jerónimo de Lacerda, que devolveu ao pequeno Simca a sua forma original, incluindo a decoração que havia sido utilizada no vitória conquistada pelo seu pai no Circuito de Vila do Conde, em 1975.