15 conselhos para compra de motos de Enduro e de Cross usadas

02/03/2017

O mercado de usados está cheio de boas oportunidades, mas também de alguns “chaços” que há que saber identificar. Para que não te vendam “gato por lebre” decidimos dar-te aqui algumas dicas de como identificar um bom negócio ou como evitar uma má compra.

Estes são os 15 conselhos, dicas ou questões chave que deves considerar na compra de uma moto de enduro ou de cross usada:

1- Peseiras : o primeiro ponto que podemos analisar são precisamente as peseiras, não por cima mas por baixo. Se apresentarem desgaste ou golpes pode ser sinal de que a moto foi usada em situações extremas e duras pelo presente dono ou anteriores.

2- O quadro: outro dos elementos que há que ter em atenção é precisamente o quadro. Observar bem a moto por baixo onde se encontra a proteção de carter ou na falta da mesma o estado das secções inferiores do quadro, que são aquelas mais expostas a golpes na sua utilização. No caso de proteção de carter ver se o mesmo mantém a forma original e se os seus apoios estão intactos.

3- Suspensão dianteira: Observar muito bem a parte inferior das baínhas e ver se as mesmas apresentar deformações ou golpes. Em caso afirmativo quererá dizer que a moto foi muito utilizada em enduros ou trialeiras .

4- Braço oscilante: Este é outro elemento que deverá ser também observado como o anterior quer por baixo quer no local de passagem da corrente de transmissão onde pode apresentar desgaste que possa provocar alterações na sua resistência.

5- Pontos de desgaste: Outros pontos onde podes verificar o nível de utilização da moto são no pedal das mudanças, nas laterais do quadro junto às peseiras onde roçam as botas, nas tampas do alternador ou da embraiagem, que podem ter sido substituídas e aparentarem por isso estar novas.

6- Cabos e tubos dos hidráulicos dos travões: verificar se estão todos em condições e em perfeito funcionamento.

7- Plásticos: normalmente os proprietários compram novos plásticos quando pretendem vender a moto ou colocam os de origem que anteriormente foram substituídos por outros plásticos alternativos de fabricantes de acessórios no mercado. Nesse caso pede que te dêem ou mostrem os anteriores.

8- Folgas: comprovar que não existem folgas , sobretudo na direção e nas bielas da suspensão traseira.

9- Suspensão traseira e bielas da mesma , verificar se não apresentam desgaste, folgas ou golpes.

10- Travões de disco: verificar se os mesmos não estão empenados ou se apresentam desgaste na sua espessura ou mesmo algum golpe no seu perímetro.

11- Conta Kms digital ou analógico: verificar se o mesmo está a funcionar convenientemente e se os Kms condizem com o estado geral da moto.

12- Acessórios que tenham sido desmontados na origem: muitos proprietários desmontam peças e acessórios de origem que mantêm guardados como por exemplo ponteiras, piscas, faróis ou extensões de guarda lamas para matrícula… Solicitar que os mesmos façam parte e estejam incluídos no negócio.

13- Arrancar a mota e experimentá-la: esta é a prova definitiva que poderá permitir detectar alguma anomalia em algum dos componentes da moto. Verificar ruídos de motor ou embraiagem a pegar mal, travagem defeituosa, hidráulicos e comportamento da suspensão, arranque a frio da moto e estado dos pneus, fugas de óleos ou líquidos, suspensões babadas…

14- Guarda lamas : Nas motas de cross deverás verificar os guarda lamas traseiros por baixo e se tiver marcas de borracha ou do roçar do pneu poderá querer dizer que o amortecedor traseiro apresenta desgaste ou que a moto foi utilizada em pistas de cross em situações extremas de grandes saltos. No entanto pode entretanto ter sido alvo de uma boa revisão e estar em perfeitas condições.

15- Documentação: Certificar-te que os documentos que te entregam condizem com os números de quadro e motor da moto. No caso de motos sem matrícula exigir uma declaração de venda de preferência com assinatura reconhecida pelo notário e se possível cópia da factura original de compra da moto.

Pedro Rocha