Plataforma da Aiways permite intervalos de manutenção de 100 mil quilómetros

15/08/2022

Os veículos elétricos têm custos de utilização mais reduzidos quando comprados com os modelos de propulsão convencional. Ao desenvolver o SUV U5, a Aiways colocou o foco numa construção leve e inteligente, na aplicação de um grupo propulsor eficiente e na eficácia da gestão térmica da bateria, por forma a manter os requisitos energéticos tão baixos quanto possível.

A plataforma MAS (More Adaptable Structure, ou “estrutura mais adaptável”), desenvolvida pela Aiways, para o SUV U5 é constituída por 52% de alumínio leve e resistente à corrosão e por 48% de ligas especiais compostas por aço de alta resistência.

Refere a Aiways que estes materiais são até quatro vezes mais resistentes que os aços especiais convencionais usados na construção de automóveis “e garantem um excelente nível de segurança”.

As técnicas de colagem e união utilizadas na carroçaria em branco permitiram alcançar uma rigidez torsional da subestrutura 50% superior àquela que é obtida com os métodos de construção habituais.

ALÉM DO SUV U5, TAMBÉM O SUV-COUPÉ U6 (QUE SERÁ LANÇADO EM BREVE) E OS MODELOS SEGUINTES DA AIWAYS TERÃO COMO BASE ESTA PLATAFORMA VERSÁTIL.

A plataforma MAS distingue-se também pela sua arquitetura no que respeita à bateria. A estrutura patenteada “em sanduíche” não só garante uma elevada segurança anticolisão para os 24 módulos fornecidos pela CATL (Contemporary Amperex Technology Limited), como permite a utilização de um sistema de gestão térmica inteligente para aumentar a eficiência do sistema de alta tensão.

Estrutura “em sanduíche”

Os módulos, situados na zona seca, encontram-se separados das placas de arrefecimento, localizadas na zona húmida, por uma camada protetora de isolamento multicamadas. Esta solução resulta num incremento de eficiência, bem como da fiabilidade da bateria de iões de lítio, que pode ser pré-aquecida graças à estrutura “em sanduíche”.

O sistema de gestão térmica do SUV Aiways U5 assegura o funcionamento do conjunto da bateria de 63 kWh a uma temperatura ideal em todas as ocasiões, contribuindo para um aumento do seu tempo de vida útil.

Em resultado, a Aiways garante 75% de capacidade residual da bateria, mesmo após oito anos de utilização. A bateria tem uma densidade de potência de 172 watts-hora por quilo.

Motor elétrico poupa peso e espaço de instalação

Os engenheiros do Aiways Research Center, em Jiading, recorreram também a elementos de liga leve para o sistema de propulsão. Pequeno e leve, o motor elétrico síncrono de ímanes permanentes desenvolvido internamente atinge 16.000 rpm, “cerca de 25% mais do que os utilizados pela concorrência”, de acordo com o construtor.

A unidade propulsora, composta pelo motor elétrico, caixa de velocidades e inversor, oferece ainda a vantagem de ocupar um espaço de instalação e possuir um peso 15% inferiores. Esta plataforma destaca-se também pela sua modularidade: no U5, o sistema de propulsão, com 150kW de potência e 310Nm de binário, encontra-se na frente do veículo e a tração é dianteira, mas poderá ser configurada com tração traseira ou integral em futuros modelos.

A combinação de materiais de liga leve de alumínio e aço, conjugada com o sistema de bateria “em sanduíche” e com a unidade propulsora elétrica compacta, permite à versão base do U5 apresentar uma tara de 1720 kg. “Esta característica não só torna este modelo até 350 kg mais leve que os seus concorrentes diretos, como lhe permite ter um peso inferior a muitos SUV médios com propulsão convencional”, refere a Aiways que sublinha as vantagens evidentes da solução: menor consumo de energia e redução no desgaste do componentes, tais como travões, pneus ou rolamentos do chassis.

Intervalos de manutenção de 100 mil km na Aiways

Aiways U5

Outra vantagem do conceito de construção leve, e da menor pressão sobre os componentes que daí resulta, é usufruir de longos intervalos de manutenção. O SUV Aiways U5 apenas necessita de manutenção por uma oficina autorizada Aiways a cada 100 mil quilómetros ou 36 meses (o que ocorrer primeiro).

Os trabalhos de manutenção obrigatórios incluem a verificação e o reabastecimento ou substituição do fluido dos travões e do refrigerante da bateria de alta tensão, assim como do óleo da caixa redutora do grupo propulsor, além da substituição da pilha da caixa de telemática.

Os restantes trabalhos de manutenção são realizados em função das necessidades.

Estes longos intervalos de manutenção significam custos de manutenção e de utilização muito baixos, como também permitem poupar muitas matérias primas (necessárias para o fabrico de suprimentos operacionais ou peças de desgaste) em comparação com os veículos convencionais.