A sua estética recebeu os primeiros elogios, mesmo quando era ainda um protótipo. O piscar de olhos ao primeiro Civic, dos anos 70, chegou à produção. Pelo caminho, ficaram as três portas, um ar um pouco mais desportivo e os painéis informativos exteriores em LED.
Em compensação, o interior ficou ainda melhor, com um painel de instrumentos repleto de ecrãs. Manteve a prateleira em madeira e o volante também de inspiração clássica.
As câmaras foram uma surpresa
Mas o Honda e surpreendeu na adoção das câmaras laterais a substituir os espelhos retrovisores exteriores. Muitos comentários iniciais revelavam a pouca probabilidade de a tecnologia passar à produção.
A justificação poderá estar no posicionamento adotado pela Honda para este modelo. Agora que já sabemos todos os detalhes, é evidente que o construtor apresenta este citadino como um modelo de luxo. O seu preço coloca-o em concorrência direta com o Mini Cooper SE e o Fiat 500e Cabrio. Nesse sentido, equipá-lo com tecnologia de ponta faz todo o sentido.
Eficiência e segurança
O Honda e não foi o primeiro modelo de série a adotar as câmaras laterais em substituição dos retrovisores. O Audi e-tron 55 quattro tem este sistema como opção, por um custo adicional de €1.860. Mas a colocação dos ecrãs nas portas não é muito intuitiva, talvez consequência da integração deste sistema num veículoUm dos motivos que levou à adoção deste sistema é a redução de 90% de arrasto aerodinâmico face a espelhos retrovisores convencionais. A Honda diz que o ganho no desempenho aerodinâmico de todo o veículo é de 3,8%.
Todos os detalhes contam para poupar consumo energético e extender o alcance possível com uma carga de bateria.
Outra vantagem significativa é que a visibilidade é melhor em todas as condições climatéricas. O invólucro da câmara esta desenhado para não permitir a acumulação de gotas de água na lente. Esta tem também um revestimento que repele a água.
Dois ecrãs no interior
O Honda e tem dois ecrãs de seis polegadas nas extremidades do tablier. A colocação parece-nos excelente e muito intuitiva.
O contraste e luminosidade modificam-se de forma automática, de acordo com as condições do momento. Quando o condutor seleciona a marcha-atrás, surgem indicações adicionais no ecrã, para ajudar as manobras.
O que pensa o Watts On
A Honda justifica bem a adoção deste sistema. O impacto em termos aerodinâmicos é muito significativo. A colocação dos ecrãs no interior merece elogios e promete rápida habituação aos condutores.
Colocam-se algumas questões relacionadas com a fiabilidade deste sistema e, sobretudo, como proceder em caso de avaria. Importa, todavia, realçar que os espelhos retrovisores convencionais são extremamente vulneráveis a colisões e até vandalismo.
Graças também a todos os sistemas que os equipam, desde os motores de acerto remoto aos sistemas de aquecimento e desembaciamento, são também um componente cada vez mais complexo e dispendioso.