Os clientes que vinham pedindo um design mais arrojado terão, contudo, de aguardar pelo Model 3 da próxima geração. A intervenção feita agora é mais comedida, pois este é um facelift a meio do ciclo de vida do veículo.
Comparando-se o atual Model 3 com o que aí vem, percebe-se que as diferenças não são extraordinárias:
As melhorias na eficiência do veículo são, porventura, o melhor argumento de venda, já que resultaram numa maior autonomia, até porque a bateria é a mesma. De resto, com uma frente e traseira redesenhadas, a primazia dada à aerodinâmica esteve subjacente aos mais variados pormenores, incluindo à escolha de novas jantes de 18” e 19”.
A TESLA PREVÊ INICIAR AS ENTREGAS NA EUROPA NO FINAL DE OUTUBRO.
Este anúncio acontece estrategicamente dias antes do Salão Automóvel de Munique, onde os fabricantes de automóveis irão anunciar novos veículos elétricos.
Outro trunfo: o Model 3 terá, além da capacidade de percorrer distâncias maiores com uma única carga, outro bom argumento em termos de PVP: manterá os preços, ou seja, 39.990 euros para a versão de tração traseira e 48.990 euros para a versão Long Range.
Autonomia aprimorada
Mas qual é a autonomia proporcionada?
O Model 3 de tração traseira continua a contar com uma bateria de 60 kWh, um motor elétrico que produz 208 kW e uma autonomia de 554 km (versão com jantes de 18”) e 513 km (jantes de 19”).
São aumentos no alcance de aproximadamente 11 a 12 por cento em relação aos modelos atuais.
O MODELO PARA O MERCADO PORTUGUÊS CONTINUARÁ A VIR DA GIGAFÁBRICA QUE A TESLA TEM EM XANGAI, CHINA.
Este Model 3 renovado estará disponível para vários mercados globais, incluindo China, Europa, Médio Oriente, Malásia, Austrália, Nova Zelândia e Japão. EUA ainda não aparecem no roteiro, mas será uma questão de dias.
Na China, a Tesla tem a particularidade de ver o Model 3 a enfrentar a concorrência de fabricantes chineses, como BYD, Geely, Nio e Xpeng, que oferecem modelos elétricos com características semelhantes a preços competitivos.
Para já, não foi anunciada a versão Performance, o que se acredita que deva acontecer mais lá para a frente.
Interior mais moderno
Num interior que continua a primar pelo design minimalista, a Tesla introduziu melhorias na cabine, um sistema de áudio mais envolvente (17 colunas em vez de 14 colunas do anterior) e airbags adicionais.
Há uma melhoria dos materiais do habitáculo que são mais agradáveis ao toque e a iluminação LED “invade” o ambiente interior (na linha do que outras marcas estavam a oferecer). O volante é também novidade.
Foram acrescentados dois carregadores wireless de smartphones no design da consola central.
Passa a haver um ecrã de infotainment para os lugares traseiros de 8’’ (colocado entre os bancos dianteiros). Esse ecrã traseiro permite que os passageiros traseiros controlem o sistema de climatização e entretenimento e também pode servir para assistir a filmes.
A marca liderada por Elon Musk procurou ainda incrementar o conforto acústico a bordo, quer o proveniente da deslocação aerodinâmica, quer o do rolamento dos pneus. E ainda a pensar no conforto, a suspensão foi igualmente melhorada. Outra boa notícia: os bancos dianteiros aquecidos e ventilados agora são oferecidos como série. Só falta agoras o modelo chegar para o experimentarmos.
