Watt quer revolucionar a mobilidade elétrica

30/06/2019

Fomos à loja da Watt – Electric Moving, conhecer o casal de empresários que comercializa motos elétricas. São ideais para utilizar na cidade, e não só. Neste momento, a oferta já inclui cinco scooters e uma moto, de diversos construtores.

Deodato do Ó e Vera Rita responderam-nos, no seu espaço comercial, na Rua das Musas, 11A, em Lisboa. Já têm página no Facebook, aqui.

Aconselhamos uma visita à loja, dois dedos de conversa e, quem sabe, um test drive, para abrir os horizontes…

Como surgiu a ideia de criar a Watt?

Deodato: Sempre fui apaixonado por máquinas, de carros a barcos, passando também pelas duas rodas, por isso as novas formas de mobilidade sempre me interessaram. Passei os últimos tempos a pesquisar marcas elétricas, que pudessem ser uma solução para uma fatia grande da população portuguesa. E que tivessem uma relação autonomia/designrealmente atraente, mas a preço acessível.
Vera: foi depois de uma viagem a Berlim, em que andámos por toda a cidade numa scooter elétrica emprestada pelo hotel onde ficámos. A sensação de entrar de madrugada, pelo lobby do hotel adentro, de mota, foi impagável. Fez-nos pensar como seria se, em Portugal e em Lisboa, onde vivemos, houvesse mais soluções de mobilidade silenciosas, económicas e amigas do ambiente.

Vocês já andavam de moto antes?

Deodato: Os meus pais nunca me deixaram ter moto… Andei sempre em motos de amigos. Quando comecei a trabalhar decidi comprar a primeira moto e nunca mais deixei ter. Sendo empresário, sempre precisei de me deslocar rápido entre vários compromissos e uma scooter foi o meu veículo de eleição. Tenho scooter há oito anos e para as deslocações em Lisboa, como ir ao futebol ao fim de semana e outros eventos na cidade, não há melhor opção.
Vera: Sempre à pendura, com o Deodato.

Quais os produtos comercializados pela Watt?

Deodato: Soluções de mobilidade urbana exclusivamente elétricas, mais seguras do que as trotinetes, mais rápidas que as bicicletas, mais económicas que os carros. No fundo: meios de transporte convenientes e práticos. E não pagam estacionamento.
Vera: Motos e scooters 100% elétricas, com baterias de lítio amovíveis, que facilitam o carregamento em qualquer lugar, de casa ao trabalho, ou em qualquer outro local com tomada elétrica. Temos vários modelos, dos mais retro aos mais futuristas, equivalentes a 50 cc e 125 cc, para quem procura soluções de transporte pessoal, para curtas ou médias distâncias. E mesmo para quem procura soluções para trajetos maiores, que passem por vias rápidas, pontes, para chegar ao centro da cidade.

Contem-nos um pouco mais sobre a vossa scooter Watt…

Deodato: É o meu produto preferido do nosso catálogo de motas. É muito bem construída e adoro a disponibilidade de potência para todas as situações no transito. Muito prática!
Vera: É uma scooter tecnologicamente evoluída, cheia de pormenores que facilitam a condução e o estacionamento, como cruise control ou marcha-atrás, sensor de luminosidade no display fontal, faróis LED para uma melhor iluminação, porta USB para carregar o telemóvel ou tablet, baterias de última geração, com rendimentos e autonomias elevadas e materiais de elevada qualidade. Diria que é uma Smart Scooter de última geração, uma espécie de “GTI” pequenino das scooters, mas com um preço verdadeiramente acessível: €2690.

Mas quem vive fora dos grandes centros precisa de uma elétrica equivalente às 125cc…

Deodato: Estamos cientes disso e temos tido muita procura nesse sentido. Vamos receber em breve a Ecooter E2, com uma autonomia anunciada de entre 100 km a 150 km, possibilitada por duas baterias que se complementam. Atualmente em stock, temos um modelo que responde já a essa necessidade.
Vera: Temos a scooter Watt, versão E1R, equipada com um motor de 4000W. Permite fazer uma gestão de autonomia de bateria, entre o modo Smart e Sport. O primeiro pode possibilitar uma autonomia até 150 km. O segundo, com velocidades superiores e uma performance de topo, tem 80 km autonomia.

Relativamente à manutenção e assistência, como funciona?

Deodato: Todos os nossos modelos têm dois anos de garantia ou até 15.000 quilómetros, aquilo que ocorrer primeiro. É preciso salientar que estas motas têm manutenção muito reduzida.
Vera: A assistência é prestada na Watt pelos nossos técnicos de manutenção. Fora da grande Lisboa, temos acordos com oficinas especializadas em veículos elétricos e no caso da Super Soco TC, que também representamos, contamos com a assistência prestada diretamente pelo importador.

Como têm corrido os testes realizados nos eventos?

Deodato: Os test Drives em eventos como o Encontro Nacional de Veículos Elétricos (ENVE), tiveram um feedback incrível, com dezenas de pessoas a experimentarem pela primeira vez duas rodas, movidas por baterias elétricas de última geração. As pessoas ainda têm muita desconfiança relativamente à autonomia destes veículos e mesmo à sua resposta, mas ficam visivelmente surpreendidas com a performance e suavidade, o que resulta na grande maioria dos casos na compra da sua primeira mota elétrica.

Há alguma situação curiosa a registar no contacto com as pessoa?

Deodato: Ficam sempre espantadas com a facilidade com que arrancam. Fico muito contente que alguns clientes sejam empresas que decidiram ter os nossos veículos para trabalhar. Sentimos que ajudamos as pessoas e a cidade. Libertando-as do transito e do raro estacionamento.
Vera: O sorriso de quem experimenta pela primeira vez é sempre marcante. É impossível não sair de uma mota destas a sorrir depois de dar a primeira volta.

Qual a faixa etária que demonstra mais interesse nas motos elétricas?

Deodato: Entre os 40 e os 65 há muita curiosidade e interesse em motas elétricas.
Vera: Os mais novos ainda pensam que estes veículos são financeiramente inacessíveis e ficam muito surpreendidos quando conhecem os nossos preços. Percebem que podem facilmente pagar a mota elétrica com o que poupam ao trocar o combustível pela eletricidade.

Quais são os vossos planos de desenvolvimento? Mais modelos e marcas?

Deodato: Estamos apostados em trazer novos modelos de motos, mais potentes e com um look vintage, mas sempre tecnologicamente avançados. Esperamos ter modelos novos em Setembro.
Vera: Os nossos planos passam por aumentarmos a nossa rede de distribuição. Desse modo, teremos mais motos Watt a circular em todos os distritos do continente e ilhas. Será um contributo para melhorar a qualidade de vida dos nossos clientes (com mais conveniência, mais tempo, mais economia) e das nossas cidades (menos trânsito, ruído e poluição).