FOTO: Douglas Levere
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os robôs autónomos funcionam sem problemas em espaços urbanos ou industriais, mas quando entram na natureza, têm que lidar com obstáculos que nunca foram programados para ultrapassar. Foi a pensar neste problema que surgiram estes pequenos robôs, que se inspiram em castores e em térmitas no modo como constroem estruturas. Estes robôs-castores reagem ao ambiente, em vez de seguirem um plano predeterminado.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Estes aparelhos autónomos são uma criação de uma equipa liderada por Nils Napp, professor na Escola de Engenharia da Universidade de Buffalo. Napp explica que “quando um castor constrói uma represa, não está a seguir uma planta, está apenas a reagir ao movimento da água, a impedi-la de circular. O sistema autónomo que desenvolvemos é semelhante, mudando o terreno para se manter móvel”.

O sistema autónomo da Universidade de Buffalo já é reconhecida como tendo várias aplicações, com destaque para veículos de emergência e recuperação, que podem circular em zonas de difícil acesso modificando o terreno. Também podem ser utilizados em veículos de exploração extra-planetária, em missões à Lua ou Marte.

Para criar os algoritmos necessários para o funcionamento destes robôs-castores, os investigadores universitários basearam-se no conceito de estigmergia, um conceito observado em animais, em que os membros de um grupo imitam o comportamento de outros, dando origem a uma estrutura funcional de forma natural.

O sistema foi testado em dois robôs-castores equipados com uma câmara e um braço robótico, que identificaram objetos encontrados num terreno e utilizaram-nos de maneira a cobrir obstáculos e formar um terreno mais fácil de percorrer. Os robôs vão continuar a modificar o terreno até criarem um percurso satisfatório, em vez de perfeito.