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Quanto tempo dura a bateria de um carro elétrico?

Reconhecidas pela sua alta densidade energética, as baterias de iões de lítio são hoje aquelas que se encontram em maior número nos veículos elétricos, havendo uma progressão degenerativa com o decorrer dos ciclos de carga. Entende-se por ciclo de carga um processo em que a bateria é carregada e descarregada – quando chega a 100% e a 0%. Na prática, um carro vai perdendo autonomia por cada ciclo de carregamento da bateria, mesmo que de forma tão reduzida que se torna impercetível para um condutor no seu quotidiano. Apenas ao fim de muito tempo e com atuação repetida se começará a notar uma redução na autonomia.
Entre os fatores que fazem as baterias perderem a sua capacidade – reduzindo a autonomia – estão as altas temperaturas e diversos processos decorrentes do carregamento extremo ou descarga total.
Um dos inimigos da longevidade das baterias é o calor, tanto decorrente do ambiente, como aquele resultante do próprio processo de carga (por certo que já reparou na temperatura mais elevada de um smartphone quando está ligado à corrente), que retira capacidade da bateria de iões de lítio.
O segundo ‘inimigo’ da longevidade é o efeito de sobrecarga em alta voltagem. Ou seja, de forma mais simples, quanto mais tempo a bateria está no nível máximo em carga, mais calor se produz e, além disso, produz-se uma alteração química no interior da bateria que irá reduzir a durabilidade das baterias (ao nível da resistência interna).
Descargas intensas ou carregamentos rápidos também ajudam a retirar saúde à bateria elétrica, sobretudo aqueles que sujeitam as baterias a enorme esforço. Por exemplo, o Tesla Model P100D tem o seu modo ‘Ludicrous’, que lhe permite acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de três segundos, mas ao ativá-lo o condutor recebe um alerta de que o uso repetido do mesmo reduz a longevidade da bateria. Este é um bom exemplo de esforço (ou de descarga energética) a que uma bateria está sujeita e que lhe pode retirar durabilidade. Da mesma forma, os carregamentos rápidos a voltagens mais elevadas também têm um efeito semelhante, ao tratar-se de um ciclo de carga mais potente. Contudo, mesmo estes processos de carga rápidos (DC) podem ter impactos distintos consoante as baterias.
Conferidos os quatro pontos que podem reduzir a longevidade de uma bateria, importa ter em conta que as baterias elétricas contam com garantias que são variáveis, mas que rondam a dezena de anos, atestando assim a sua eficácia nesse período. A Nissan, por exemplo, que tem o modelo elétrico mais vendido a nível global, o Leaf, oferece uma garantia de oito anos no seu modelo com bateria de 30 kWh e de cinco anos para a de 24 kWh. A BMW oferece igual valor de oito anos de garantia para o seu i3 com bateria de 33 kWh.

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Com o aumento do número de carros elétricos na estrada, esta tecnologia tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos. Com benefícios em termos de silêncio e refinamento, ao não produzirem ruídos ou vibrações, os veículos elétricos são uma aposta de muitas marcas para os próximos anos, enquanto procuram reorientar os seus esforços para estes carros mais eficientes e mais amigos do ambiente (por não existirem emissões poluentes quando são conduzidos).

Contudo, aos condutores surgem, muitas vezes, duas questões: uma prende-se com a autonomia com cada carga e, a outra, com a durabilidade das baterias.

A resposta a esta segunda questão não é fácil e tem diversas condicionantes que, tal como uma bateria de um smartphone, podem fazer variar a resposta. Ou seja, a longevidade de uma bateria está dependente de questões como a sua composição, a capacidade, ciclos de carga e utilização por parte do utilizador. No entanto, é comummente aceite que uma década é um valor facilmente alcançável por muitas baterias dos veículos elétricos.

Saiba mais sobre a ‘vida’ de uma bateria na galeria de cima.