Em 2019, aumentou consideravelmente o número de condutores em risco de ficar sem carta por perda de pontos. Foram este ano quase 1400.
Segundo dados revelados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) ao Jornal de Notícias, são quase três vezes mais as pessoas em risco de perder a carta (1350 quando em novembro de 2018 eram 500) e quase oito vezes mais os que a perderam (eram 118 em 2018), um aumento de 680%.
Desde 2016, quando o modelo da carta por pontos entrou em vigor, e até fim do ano passado, já 930 pessoas tinha ficado sem carta. José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), em entrevista ao JN, referiu que nos próximos tempos muitos mais condutores irão a perder pontos «porque os autos levantados nestes últimos três anos por infrações graves e muito graves são muitíssimo mais do que os 153.786 condutores que já sofreram subtração de pontos».
Pontos da carta recuperam-se?
O condutor pode recuperar pontos caso não cometa infrações graves ou muito graves durante três anos. E a cada período da revalidação do título de condução, sem que sejam praticados crimes rodoviários, sempre que o condutor frequente voluntariamente uma ação de formação de segurança rodoviária, é-lhe atribuído um ponto extra.
Ao contrário, quando o condutor fica com quatro ou cinco pontos na carta, é mesmo obrigado a frequentar ações de formação de segurança rodoviária. Caso falte injustificadamente, fica imediatamente proibido de conduzir. Com três ou menos pontos na carta deve repetir a prova teórica do exame de condução. A perda da totalidade dos pontos pode significar a cassação do título de condução, ou seja, fica sem habilitação legal para conduzir. Efetivada a cassação da carta, apenas poderá tirar novamente a carta dois anos depois.