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O que deve fazer antes de levar o carro à inspeção

Documentação: Esta parte parece óbvia, mas ainda há quem se esqueça de um ou outro papel a apresentar nos centros de inspeção periódica. Primeiro que tudo, o documento único automóvel, mas deve também fazer-se acompanhar da folha da última inspeção e da folha de seguro.
Notas: Certifique-se de que anotações de Grau 1 - que não dão direito a reprovação direta - não constam no documento de inspeção em vigor. Mesmo que não tenham resultado em chumbo do veículo naquela ocasião, a apresentação no centro de inspeções exatamente com as mesmas falhas irá levar à reprovação e respetiva folha encarnada! Depois, será obrigatória nova inspeção.
Verificação caseira: É importante que faça uma inspeção visual do seu veículo para despistar falhas evidentes. Verifique a iluminação do veículo (presença, médios e máximos), luzes de travagem e os indicadores de mudança de direção (vulgo piscas), bem como os faróis de nevoeiro, luzes de marcha-atrás e de matrícula. Não se esqueça, igualmente, dos quatro piscas.
Para-brisas: Tenha atenção ao estado do para-brisas e às escovas que o limpam, certificando-se de que funcionam corretamente. De igual forma, os espelhos retrovisores devem também estar em perfeito estado.
Cintos de segurança: É um dos itens que, por vezes, quase passa ao lado dos proprietários, sobretudo, se não transporta passageiros nos bancos traseiros com frequência. Verifique o funcionamento dos cintos e respetivos encaixes.
Instrumentação: Certifique-se de que todos os elementos informativos do painel de instrumentos estão em funcionamento. Indicadores de mudança de direção que não sejam replicados no quadro de instrumentos, por exemplo, correspondem a uma anomalia de tipo 1. Não chumba da primeira vez, mas da segunda terá problemas.
Pneus: Este é um caso simples. Pneus com o piso gasto são facilmente detetáveis e não passarão na inspeção. Os pneus têm uma franja de utilização ideal entre os quatro e os oito milímetros, sendo que a legislação portuguesa aponta para uma profundidade mínima de 1,6 milímetros. Abaixo desse limite, arrisca-se a uma multa no caso de verificação pelas autoridades. Saiba que basta uma moeda de um euro para verificar a profundidade dos sulcos dos pneus. Além disso, veja se os pneus do mesmo eixo têm a mesma medida e se são da mesma marca. Mesmo que tenham a mesma medida, o facto de serem de marcas diferentes causará o seu chumbo. Obviamente, as medidas têm de estar averbadas no livrete do veículo. Não se esqueça do pneu suplente...
SOS: Quase sempre ignorados ao longo do ano, o triângulo de sinalização e o colete refletor só são necessários em casos de necessidade maior, pelo que passam quase sempre despercebidos pelo condutor. Veja se estão em boas condições e se têm a respetiva homologação.
Manchas no chão: Esta verificação é essencial. Se ao sair de um estacionamento prolongado verificar que ficou uma mancha no chão, seja de óleo ou de líquido de refrigeração (incolor), deve procurar remediar a situação o mais depressa possível. Na inspeção, a existência de fugas será anotada e pode mesmo dar origem a um chumbo, o mesmo se aplicando aliás a circunstâncias semelhantes no sistema de combustível.
Travões: Aqui não existem concessões. Fugas de líquido ou conjuntos de travagem em mau estado ditam a reprovação. Barulhos provenientes do sistema de travagem, como chiar em curva, mostram que as pastilhas estão gastas e estão a tocar nos discos, podendo danificá-los.
Direção: Procure uma estrada o mais direita possível e em linha reta. Segure o volante a direito e se notar que o veículo foge para algum dos lados, pode ter a direção desalinhada. Note que embora seja uma forma simples de ver este ponto, pode também induzir em erro se a estrada tiver uma ligeira inclinação (usual para drenagem da água das chuvas), levando a que o veículo fuja ligeiramente da trajetória reta. Há, no entanto, casos óbvios que podem ser confirmados desta forma. Seja como for, se já não alinha a direção há muito tempo, uma passagem por qualquer casa de pneus ou estação de serviço irá tirar todas as dúvidas. Lembre-se que folgas na direção dão chumbo.
Suspensão: Se notar um comportamento anormal da suspensão em curva ou um afundamento da frente em travagens a baixa velocidade, pode ter algum elemento em mau estado, sejam ao nível dos amortecedores ou das molas.

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O momento da Inspeção Periódica Obrigatória, vulgarmente conhecida pela sua sigla IPO, representa numa grande parte dos casos um momento de algum receio pela possibilidade de reprovação ou de alguma anotação que possa ser detetada.

Contudo, um automóvel com manutenção cuidada e boa utilização quotidiana tem menores possibilidades de ser reprovado, podendo até o seu proprietário proceder a uma pequena vistoria caseira que poderá, desde logo, antecipar algumas circunstâncias menos positivas.

Por um lado, é natural que alguns pequenos sintomas de mau estado se tornem ‘invisíveis’ ao condutor, uma vez que há a tendência de se descurarem algumas situações decorrentes da sua habituação ao veículo.

Contudo, casos em que exista um desalinhamento evidente na direção, travões a chiar ou cheiros queimados tendem a ser indicadores de que algo não está bem e que o mais indicado antes de o levar à inspeção é levá-lo a uma oficina para tentar perceber se alguma das situações por si detetadas são graves e, assim, resolvê-las antecipadamente.

Note que os preços das inspeções variam entre 30,70 euros nos automóveis ligeiros e os 45,96 euros dos pesados, sendo de 15,46 euros para motociclos, triciclos e quadriciclos, com cilindrada superior a 250 centímetros cúbicos. Os reboques e semirreboques pagam 30,70 euros, enquanto as reinspeções custam 7,69 euros e as inspeções a nível de novas matrículas 76,64 euros. As inspeções extraordinárias têm um custo de 107,19 euros e a emissão de segunda via da ficha de inspeção 2,89 euros.