Novo Corsa lutou contra o vento para ficar mais eficiente

09/08/2019

Na mais recente batalha dos construtores contra o aumento de emissões e consumos, o desenho e formato dos automóveis assume especial relevância, conforme explicou a Opel, que trabalhou intensamente o novo Corsa para que este tivesse uma eficácia aerodinâmica entre as melhores do seu segmento.

Com efeito, a nova geração do Opel Corsa, que tem estreia mundial marcada para setembro no Salão de Frankfurt, conta não só com tecnologia de ponta como os faróis de matriz LED e diversos assistentes à condução, como também com um profundo trabalho na vertente aerodinâmica, levada a cabo no túnel de vento do Instituto de Pesquisa de Engenharia Automóvel da Universidade de Estugarda.

O resultado final traduz-se num coeficiente de resistência ao ar (Cd) de apenas 0.29, com a Opel a declarar que se trata de um “excelente valor para um automóvel destas dimensões”, sendo a reduzida área frontal de 2,14 m2 também fundamental para tornar o novo modelo da marca alemã num dos automóveis mais aerodinâmicos da classe.

Para atingirem esse valor, os engenheiros da Opel dedicaram especial atenção a variados detalhes. Por exemplo, o fundo do automóvel possui carenagem desde o compartimento do motor até ao eixo traseiro, o que melhora a passagem do ar sob o veículo. Por seu turno, o ‘spoiler’ colocado no topo da tampa da mala reduz a turbulência na traseira ao mesmo tempo que cria força descendente sobre o eixo traseiro. Este é um fator que intervém decisivamente na elevada estabilidade direcional do novo Corsa, especialmente a velocidades mais altas em autoestrada.

Outro dos pontos merecedores de destaque é a cortina ativa na grelha dianteira. Ao fechar a entrada de ar quando há menor necessidade de arrefecimento do motor, este dispositivo retira da equação aerodinâmica a turbulência no compartimento do motor. Quando está fechada, a cortina deflete o ar para baixo e para os lados do automóvel. O funcionamento da cortina é regulado de acordo com a temperatura do líquido de refrigeração do motor e a velocidade do automóvel. Por exemplo, abre quando o motor trabalha em maior esforço ou no tráfego citadino intenso com temperaturas ambientes mais elevadas.

“A aerodinâmica é uma das áreas que nos permite aumentar a eficiência dos nossos automóveis”, explica o Diretor-Geral de Engenharia, Christian Müller, tratando-se de um tema que está longe de ser um mero detalhe. Com efeito, a título de exemplo, refira-se que um corte de 10% no coeficiente aerodinâmico produz uma redução de cerca de 2% nos consumos NEDC, ou de cerca de 5% quando o automóvel se desloca a 130 km/h.

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