Se durante décadas, o logótipo da Nissan manteve-se fiel à crença do seu fundador Yoshisuke Aikawa, “Shisei tenjitsu o tsuranuku“, que pode ser traduzido como “Se tiveres uma crença forte e resoluta, esta consegue penetrar até mesmo o sol”, a marca entendeu que este é o momento para uma nova etapa, estreando um logótipo diferente mas cujo processo de desenvolvimento deriva de há alguns anos.
No entanto, não revoluciona. Ao invés, de acordo com a marca, “reflete as alterações significativas ocorridas na sociedade ao longo das últimas duas décadas. Trata-se de uma reformulação do icónico logótipo da marca Nissan para um novo capítulo”.
O processo de conceção
A jornada para este novo desenho começou no verão de 2017, quando Alfonso Albaisa, Vice-presidente de Design Global da Nissan, começou a estudar potenciais alterações ao logótipo e à identidade de marca da Nissan. No processo, reuniu uma equipa liderada por Tsutomu Matsuo, Diretor-geral Adjunto do departamento de Design Avançado da Nissan, para estudar tudo, desde uma evolução subtil até uma total reinvenção. Albaisa ofereceu as palavras-chave “fino, leve e flexível” e marcou o início da jornada de Matsuo e da sua equipa.
“Retirámos inspiração dos avanços em termos de ciência, tecnologia e conectividade. De que forma estes trouxeram alterações fundamentais para os nossos clientes?”, referiu Albaisa, acrescentando que, “como podem imaginar, as visões de digitalização começaram a fervilhar nas nossas mentes”.
Ao longo dos dois anos seguintes, a equipa desenhou e delineou várias versões, mantendo sempre em mente as orientações de Aikawa: “sejam apaixonados, sejam inovadores, sejam desafiadores”.
A equipa teve de considerar múltiplas variáveis, incluindo uma decisão inicial de que o logótipo devia ser iluminado nos futuros modelos totalmente elétricos, tal como sucede no novo Ariya. Esta hipótese colocou desafios técnicos, como a avaliação da espessura dos contornos do logótipo para assegurar uma imagem nítida quando iluminado e, claro, o cumprimento dos regulamentos governamentais relativos a elementos luminosos em automóveis.
O resultado é um logótipo com uma impressão bidimensional. O processo começou em 3D e, posteriormente, foi desenvolvido em 2D: primeiro foi criado um esboço do emblema da marca iluminado, retirando a área iluminada para representar a marca em formato 2D.
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