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10 estradas até ao fim do mundo

Estrada dos Ossos Esta estrada é tão má que é mais fácil de atravessar no inverno, quando está coberta do gelo, que no verão, quando tem tendência para ficar enlameada. Mesmo assim, ainda é a maneira mais direta de ligar Moscovo ao oceano Pacífico, através da Sibéria. A estrada de terra demorou mais de 20 anos a ser construída, durante o regime estalinista da União Soviética, e o seu nome vem do facto de que trabalhadores que morreram na sua construção eram simplesmente enterrados sob o pavimento. Oficialmente, chama-se auto-estrada R504 Kolyma, e atravessa o território russo durante mais de 2000 km, começando no rio Lena e terminando em Magadan. FOTO: Missy Leone/Creative Commons
Auto-estrada nº 7 pelo deserto Algures no África meridional, uma auto-estrada de aparência nova atravessa o deserto de Namaqualand. E vai continuar com essa aparência durante alguns anos, pois pouca gente vai arriscar uma travessia total pelo quente deserto da Namíbia e da África do Sul. A estrada atravessa a Namíbia por mais de 1500 km antes de entrar na África do Sul, terminando na Cidade do Cabo, para uma distância total de 2200 km. Apesar do calor abrasador, vale a pena visitar alguns locais pelo caminho, onde se encontram duas das maiores estufas de flores do mundo. FOTO: Andres de Wet/Creative Commons
Trans Labrador/Route 500 A estrada nº 500 tem a distinção de ser o ponto mais próximo para tentar viajar de carro da América do Norte à Gronelândia. Mesmo assim, vai ter que fazer grande parte da viagem de barco. A estrada atravessa a província canadiana do Labrador e Terra Nova desde a fronteira com o Québec até à cidade mais remota da zona atlântica, Goose Bay, que serve apenas para dar apoio à base aérea local, gerida pela Força Aérea Canadiana. A estrada de terra é mais perigosa na primavera, quando o degelo lá deposita grandes quantidade de água. FOTO: Guy Vail/Creative Commons
Auto-estrada da morte Embora seja conhecida como uma auto-estrada, esta estrada de montanha mais parece um caminho de cabras. E no entanto é usada por camiões pesados. E não há alternativa, pois é a única estrada que liga La Paz, na Bolívia, à floresta amazónica no Brasil. Grande parte da estrada situa-se acima dos 3000 metros de altitude e chega a ultrapassar os 4000 metros. Qualquer veículo que percorra a estrada tem que ter o máximo cuidado, pois nunca há barreiras de proteção e um condutor arrisca-se a sofrer uma queda de 300 metros até ao vale mais próximo. 100 a 300 pessoas morrem na estrada por ano.
Corredor de Torugart A Ásia Central é grande e inabitada por grandes áreas. Mesmo assim, é preciso fazer estradas para conectar as principais cidades que estão separadas por centenas ou até milhares de quilómetros. A passagem de Torugart servia como zona fronteiriça entre a União Soviética e a China, e hoje continua a fazê-lo com a antiga república soviética do Quiguistão. Mas a zona é atravessada há séculos, tendo feito parte da Rota da Seda na antiguidade. A zona montanhosa obriga a estrada a serpentear nalgumas zonas para um total de 400 km e continua a ser muito estreita, pelo que a China emprega trabalhadores forçados para fazer a sua manutenção. FOTO: Paul/Creative Commons
Auto-estrada Dalton Durante duas décadas, foi a maior estrada privada do mundo, para dar às companhias petrolíferas acesso aos poços de petróleo do Alaska. Tem 666 km de comprimento e corre paralela a um oleoduto de 1300 km que liga a exploração em Prudhoe Bay à refinaria de Valdez. A estrada foi aberta ao trânsito civil em 1995, mas não é recomendável a turistas, pois só tem dois postos de combustível pelo caminho. FOTO: Mison/Creative Commons
Darien Gap Esta não é bem uma estrada... aliás, não há estrada nenhuma. A região de Darién, no Panamá, continua a ser um obstáculo para uma ligação direta por estrada do Alaska à Terra do Fogo, com um percurso de 80 km de selva amazónica que não pode ser atravessado de automóvel. A primeira tentativa foi em 1923, e a única vez que alguém conseguiu fazê-lo foi em 1985. Loren Upton e Patty Mercier fizeram-no num Jeep e demoraram 741 dias para encontrar um caminho que pudesse ser feito inteiramente de carro. A maior parte das pessoas que atravessam a zona fazem-no de barco, mas a área tem estado ocupada pelas tropas da FARC, guerrilhas colombianas que não gostam de visitas, tornando nova exploração quase impossível.
Estrada Nacional 3 para a Terra do Fogo O máximo que se pode aproximar da Antártida de carro antes de entrar num barco é fazendo uma viagem por esta estrada até à Terra do Fogo. Apesar de ultrapassar os 3000 km, a estrada está bem cuidada em todo o seu percurso, já que liga Buenos Aires a Ushuaia, cidade fronteiriça com o Chile, que é bastante procurada e apreciada por turistas de todo o mundo. Mas até lá chegar vai sentir-se bastante isolado, já que pouca gente faz o percurso completo, preferindo viajar para a Terra do Fogo por via aérea. FOTO: Mikel Zubi/Creative Commons
E69 Cabo Norte O topo norte da Europa fica na Noruega e só acessível por uma longa estrada, a E69, que vai além do limite terrestre do continente. Com um percurso de mais de 2000 km, liga a capital, Oslo, não só ao Cabo Norte, mas também à ilha de Mageroya, acessível através de um túnel. A ilha é essencialmente usada para turismo, para as pessoas que querem visitar "o topo do mundo". Embora tenha sido construída nos anos 70 e seja uma auto-estrada com faixa dupla, é preciso cuidado em certas alturas do ano, pois nunca se sabe quando se vai apanhar gelo negro na estrada. FOTO: Daniel Vorndran/Creative Commons
Estrada de gelo de Tuktoyaktuk Durante grande parte do ano, a cidade de Tuktoyaktuk, nos Territórios do Noroeste, uma das províncias mais inóspitas do Canadá, está isolada do resto do país. Essa altura é o verão, quando a cidade só é acessível de avião. No inverno, o rio Mackenzie e o Mar de Beaufort gelam, camiões podem abastecer a cidade, o que só acontece duas vezes por ano. FOTO: Ian Mackenzie/Creative Commons

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Todos os caminhos vão dar a Roma. O que até dá jeito, uma vez que a ideia por trás desta frase é que os centros civilizacionais estão interligados e é possível movermo-nos de um lado para outro sem grandes problemas. Mas a fase até não é bem verdade. Alguns caminhos não vão dar a Roma. Aliás, parece que não vão dar a lado nenhum. Mas são esses os mais interessantes de explorar. Afinal, o que será que vamos encontrar quando chegamos ao fim do mundo?