Publicidade Continue a leitura a seguir

Cinco desastres que mudaram a indústria dos transportes

Titanic (1912): O afundamento do Titanic é tão famoso que a história parece simples. O navio bateu no iceberg, houve um rombo no casco e afundou. Na verdade, as causas do acidente são mais complexas, e vários problemas com a construção contribuíram para o incidente que vitimou mais de 1500 passageiros e membros da tripulação, incluindo a má qualidade dos rebites e do isolamento das cabines, bem como a falta propositada de salva-vidas, que foram considerados um luxo desnecessário dada a reputação de segurança, e um obstáculo para a vista dos passageiros.
Hindenburg (1937): Tal como o Titanic, a explosão do dirigível Hindenburg é sobejamente conhecida no mundo da aviação. A teoria com mais aceitação é que eletricidade estática atingiu uma fuga de hidrogénio (usado para levitar a aeronave), que ardeu rapidamente, consumindo toda a nave em pouco mais de minuto. Como o dirigível estava perto do chão, apenas 35 das 97 pessoas morreram (mais um trabalhador do aeroporto), mas o incidente matou as viagens de avião em aparelhos "mais leves que o ar". Seja como for, o avião de passageiros a jato surgiu em 1949, tornando as viagens rápidas mais desejáveis.
Ponte Tacoma Narrows (1940): Esta era a terceira maior ponte suspensa do mundo à época, mas a sua estrutura era demasiado instávelo e a ponte colapsou quatro meses depois da sua inauguração, devido a um fenómeno chamado "oscilação aero-elástica". B Basicamente, a ponte flutuava com o vento e os cabos de aço não aguentaram ser puxados constantemente em direções opostas. Embora não se tenham registado vítimas mortais (com exceção de um cão doméstico que ficou preso num carro), o incidente levou à introdução da componente aerodinâmica na construção de pontes.
Challenger (1986): Este evento atrasou irremediavelmente o programa espacial da NASA e também tornou "astronauta" uma resposta pouco popular das crianças quando ouviam a pergunta "o que queres são quando cresceres?". Ver um space shuttle a explodir ao vivo na televisão foi um momento traumático para muitas pessoas. Um minuto depois de levantar voo, o vaivém espacial explodiu quando uma peça vedante falhou, causando uma falha estrutural num tanque. A cabine sobreviveu, mas sem propulsão, os sete astronautas morreram no impacto com o oceano.
Concorde AF4590 (2000): Um pneu a passar por cima de um destroço resultou num desastre aéreo que matou 113 pessoas após o avião se despenhar num hotel. O Concorde tinha uma falha no design que o obrigava a ter pressão a mais nos pneus para levantar voo, e o pneu rebentado furou o depósito de combustível, criando um incêndio no ar. O projeto do Concorde sempre deu prejuízo financeiro, mas era mantido por teimosia e orgulho nacional. Mas este acidente acabou com a imagem e levou ao encerramento do programa do famoso avião.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Com o passar das décadas, novas evoluções tecnológicas são celebradas como revolucionárias, apontando para um glorioso futuro onde a vida das pessoas é tornada fácil. Nos transportes, isso trouxe-nos uma constante enxurrada de novas ideias, novos conceitos e novos produtos. Mas por vezes nem tudo corre bem. E é preciso que aconteça uma tragédia para se perceber áreas onde melhorar. Estes são cinco exemplos de desastres e acidentes que mudaram os transportes para melhor, mas não sem fazer sacrifícios.