Depois da crise sanitária e da falta de semicondutores para fabricar automóveis novos, agora são os Diesel que podem ficar sem AdBlue.
A vida não está fácil para quem conduz ou pensa comprar carro. Depois do problema da escassez dos semicondutores, que está a aumentar (muito!) os tempos de entrega dos carros novos e, por isso, a fazer disparar os preços dos usados, depois da escalada dos preços dos combustíveis, em plena crise energética, vêm aí mais dificuldades.
Vários indicadores apontam agora para a possibilidade de rutura nos stocks de AdBlue, a solução aquosa composta por ureia pura (32,5%) e água desmineralizada que se utiliza nos veículos Diesel modernos para ajudar a reduzir as emissões contaminantes.
Preços duplicaram na Europa
De acordo com a Trans.Info, o aumento do preço do gás da natural já fez com que três dos maiores produtores de AdBlue na Europa (a eslovaca Duslo, a italiana Yara e a alemã SKW Piesteritz), tenham decidido suspender ou reduzir a produção daquele composto líquido, o que deverá começar a sentir-se nos stocks e, consequentemente, nos preços de venda ao público, já nas próximas semanas.
Em Itália, os alertas de escassez fizeram disparar a procura e o preço do AdBlue naquele país praticamente já duplicou.
A espanhola Fertiberia, principal produtor de AdBlue no país vizinho, parou a atividade produtiva na fábrica de Palos de la Frontera, em Huelva, decisão também justificada pela subida extraordinária dos preços do gás.